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Uma câmera de monitoramento colocada para observar e analisar o comportamento de animais, flagrou uma família de onças-pintadas trocando carinho, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Nas imagens, é possível ver os filhotes, Faísca e Canela, se aproximando da mãe, batizada como Pirilampa. Veja o vídeo acima.
Essa “troca de chamegos” foi divulgada nessa segunda-feira (8) nas redes sociais da Organização Não Governamental (ONG) Onçafari. A cena foi registrada no Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda (MS), a 202 km de Campo Grande.
Apesar do momento de descontração entre a mãe e os filhotes na infância, o biólogo e guia de turismo, Bruno Sartori Reis, ressalta que a partir da vida adulta, a relação fica diferente.
Abandono de filhotes
Apesar de os filhotes terem o costume de acompanhar a mãe até atingir a vida adulta, em MS já existe um caso em que a mãe abandonou a filhote, com apenas oito meses.
O caso aconteceu entre a mãe Ferinha e a filhote Leventina, que precisou aprender a sobreviver sozinha, no Pantanal, na região de Miranda (MS). O g1 conversou com o biólogo e guia da Onçafari, Bruno Sartori Reis, que acompanha de perto o desenrolar desta história e explicou o comportamento animal.
O biólogo relata que o dia 18 de maio foi a última vez que as onças foram vistas juntas. Contudo, o ele pontua que se passaram quase 20 dias e eles não avistaram novamente Ferinha e Leventina juntas. “Chegamos a pensar que a Leventina tinha morrido. Até que em um belo dia a gente viu ela bebendo água em um açude, super magrinha, sozinha, como se tivesse perdida”, lembra.
A equipe da ONG passou a observar o comportamento das onças, até que um dia viram Ferinha e Leventina se encontrando, diante de uma carcaça de animal morto. “A Ferinha foi super agressiva com a Leventina, puxando a carcaça para longe, mostrando bastante dente para ela, rosnando, e nesse dia a gente bateu o martelo de que tinha sido abandono mesmo, não tinha nada disso de desencontro”, relata Bruno.
O biólogo explica ainda que é comum que felinos e outras espécies abandonem o filhote ao perceberem que ele não está se desenvolvendo como deveria. “A fêmea não vai ficar cuidando de um filhote que não vai vingar”, completa.