“A política tem dessas surpresas”, diz Gladson sobre adversários e aliados nas eleições 2022

Nas eleições deste ano, o atual governador e candidato à reeleição, Gadson Cameli (Progressistas), enfrenta não só o desafio das urnas, mas também de derrotar pelo menos dois ex-grandes aliados: os senadores Sérgio Petecão (PSD) e Marcio Bittar (União Brasil), os dois estão licenciados, mas foram eleitos juntos com Gladson em 2018 e romperam ao longo dos últimos quatro anos. Agora, os dois disputam o mesmo cargo que ele.

Para além disso, na sua chapa, como candidato ao Senado, está Ney Amorim, que apesar de agora estar em um partido da base do governador, disputou o cargo de senador em 2018 na chapa adversária de Gladson, quando era do PT.

Durante a entrevista ao ContilNet e Sans Filmes, nesta segunda-feira (5), Gladson comentou sobre essa reviravolta: “A política tem essas surpresas”.

Gladson explicou que quando há um grupo político que já tem um governador onde a candidatura à reeleição é prioridade e os demais não interpretam dessa forma, “é porque realmente eles teriam um interesse próprio, particular” e disse ainda que os ex-aliados tinham a intenção de disputar a cadeira na qual ele ocupa. 

“Só sei dizer que eu fiz uma escolha, que foi Deus e o povo. Então a minha escolha foi essa, eu acho que estou seguindo a linha porque a população tem entendido a mensagem que eu tento passar. Todos os ex-aliados estavam no Governo até uns meses atrás, não é possível que eles aguentaram esse tempo todo e só vieram enxergar algum defeito agora. Mas eu respeito, é a decisão de cada um”, diz o candidato.

Ao ser questionado se sentiu traído, Gladson afirma que não se pode contar com aquilo que nunca teve. “Eu não subestimo ninguém, respeito muito as opiniões. Eu sempre percebi o interesse de alguns, tanto que tem alguns disputando as eleições. Eu não tenho problema com ninguém, não tenho mágoa, não tenho raiva, não me sinto traído, porque não me traíram. Traíram o eleitor”, diz.

Sobre ex-adversários, Gladson fala sobre Ney Amorim, candidato ao Senado nas Eleições 2022. “Ney estava do outro lado e agora está comigo aqui. Desde a campanha de 2016, quando disputei minha primeira eleição para deputado federal, nós tínhamos sempre uma proximidade, sempre nos ajudávamos quando disputamos uma eleição proporcional. Na transição governamental, nós tivemos sempre um alinhamento, que era não prejudicar o Estado. Ele, presidente da Assembleia, me ajudou muito naquela transição de 60 dias”, diz Gladson ao afirmar grande proximidade e confiança em Ney.

Confira a entrevista

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