O filho caçula do presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, foi um dos convidados tietados no coquetel realizado no Itamaraty para recepcionar os chefes de Estado que vieram para a posse de seu pai. Diretor de futebol do Parintins Futebol Clube, do Amazonas, Luís Cláudio falou à coluna sobre como foi ver Lula subir a rampa do Palácio do Planalto pela terceira vez. Também descreveu a celebração do ano novo com o pai, irmãos e filhos como “descarrego para toda família”.
No auge da Lava-Jato, Luís Cláudio chegou a ser investigado, mas o procedimento foi arquivado há dois anos por falta de provas. Sobre esse período, o preparador físico disse que foi “massacrado” e se orgulha de ter “dado a volta por cima”. Após a eleição do pai, em outubro, Luís Cláudio fez sucesso nas redes como o “filho gato” do presidente. Leia a seguir a entrevista.
Como foi ver seu pai subir a rampa do Palácio do Planalto 20 anos depois de sua primeira eleição?
Foi muito satisfatório. Vi as injustiças que foram feitas com meu pai e minha família, ele batalhou para lutar e deu a volta por cima. A gente só consegue tirar coisa boa dele. Ele sempre falou que ia dar a volta por cima. E foi a concretização disso.
O que mais te emocionou na posse?
Eu me emocionei muito no ano novo. Meu pai estava leve, com ar de missão cumprida. Começa um novo ciclo. Ontem foi um descarrego para toda família.
Como foi o período em que Lula esteve preso?
A gente o visitava toda quinta-feira. Íamos pra Curitiba para consolar meu pai, mas era o contrário. Ele que acabava nos consolando. Fiquei assustado quando ele foi preso porque a Lava-Jato não tinha motivos para isso. Eu não acreditava que a prisão poderia acontecer.
Qual foi o momento mais difícil que viveram nesse período?
O momento que mais me abalou foi quando meu pai teve autorização para sair da prisão para ir ao enterro do meu sobrinho Arthur. Quando vi ele chegando naquele dia, foi um momento muito forte.
Você chegou a ser investigado em um desmembramento da Lava-Jato. Como encarou esse episódio?
Ser investigado faz parte da vida. Eu nunca escondi nada. O problema foi como foi feito. Foi muito cruel. Fomos julgados pela sociedade e não por um juiz. Já tinha a condenação da opinião pública.
Como vê esse período que viveu?
Olha, eu perdi emprego, fui massacrado, mas dei a volta por cima. Agora, meu pai é presidente, mas nada vai mudar. Continuarei trabalhando e seguindo com a minha vida.