Bruno Fagundes, filho de Antônio Fagundes, é um dos colírios da nova geração. Reynaldo Gianecchini e o galã fazem um casal no teatro e estão empolgados com a novidade. Os dois estão animados com o romance da ficção e prometem entregar muito clímax e momentos de calor no palco. Os atores conversaram com Marina Bonini, da Revista Quem, sobre a nova fase e o espetáculo adaptado de montagem da Broadway. A Herança conta com a direção de Zé Henrique de Paula e grande elenco.
“Quando o Bruno me ligou foi justamente na pandemia. Eu estava com um monte de projeto para ser iniciado após aquele tempo parado. Pensei que não fosse dar nem para eu ler. Mas o Bruno é muito querido, e li para poder dar um retorno. Quando li, fiquei maluco! Falei: ‘Bruno, eu quero fazer de qualquer jeito. Nem sei como e quando vai dar, mas topo’. A gente nem tinha dinheiro. O governo Bolsonaro acabou com qualquer incentivo, mas o Bruno é danado e conseguiu um patrocínio rápido”, disparou Reynaldo Gianecchini.
“Fui chamado agora em dezembro e me organizei para fazer. Quero muito contar essa história. Não sou nem o protagonista, mas amo meu personagem e amo contar essa história. É uma das coisas mais lindas que eu já fiz na minha vida. Estou muito feliz!”, disparou Gianecchini. Bruno Fagundes compartilhou como está sendo interpretar ao lado da estrela renomada: “Eu não conhecia o Giane de verdade, a gente se conhecia de vista. Conhecer o Giane ao longo do processo tem sido maravilhoso. O Giane é um amigo que vai ficar para a vida. Ele é um ator generoso, estudioso, dedicado e quer muito arrasar. Acompanho o trabalho dele e acho que este é o melhor trabalho dele até hoje. É um trabalho contundente, profundo e em um lugar que a gente nunca o vi antes”.
Reynaldo Gianecchini deu detalhes sobre o seu personagem na peça: “Meu personagem carrega muita dor e isso fez com que ele fechasse o seu coração. Foi um cara que viveu nos anos 80 e viu muitos amigos morrendo de aids. Tinha um medo. Acho que eu não sabia ao fundo essa dor. Pesquisei muito. Fiquei muito abalado de saber como foi o descaso do governo. Morreu muita gente. E esse descaso já era a homofobia. Eles chamavam a aids de “câncer gay”. Então, eu trago esta reflexão entre tantas outras. Esta geração atual já não morre mais de aids se souber se cuidar, mas tem toda um estigma ainda”.
Giane que é pansexual, revelou que está se jogando e sem preconceito para comunidade gay: “Ele passa por uma grande transformação assim como nós, atores, estamos passando neste processo. Esse processo está me transformando muito. É a primeira vez que me jogo para olhar sem preconceito para uma comunidade gay, com humanidade, entendendo porque eles precisaram se organizar e garantir suas identidades. É tão bonito de ver. Nunca tinha olhado para isso”.