Herpes-zóster: entenda causas e sintomas da doença de Damares Alves

A senadora Damares Alves (Republicanos) afirmou, nessa terça-feira (7/3), que foi diagnosticada com herpes-zóster. Pelo Twitter, ela contou que o quadro começou há três semanas e causou uma paralisia facial. “Minha infecção ocorreu no ouvido, caso raro, e causou uma paralisia facial”, escreveu na rede social.

A herpes-zóster é uma infecção provocada pelo varicella zoster vírus (VZV), o mesmo vírus da catapora. Estima-se que oito em cada dez pessoas possuem o vírus incubado no organismo até que ele se manifeste em alguma fase da vida.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o desenvolvimento da doença está associado a fatores como baixa imunidade, trauma local, câncer, cirurgias da coluna e sinusite frontal. A condição é mais comum em idosos devido à diminuição natural da imunidade com o passar dos anos.

Sintomas da herpes-zóster

Os principais sintomas são lesões na pele com fortes dores que podem persistir por várias semanas ou meses após a resolução das feridas. A característica mais marcante da doença é a distribuição das erupções, que tendem a ocorrer do mesmo lado do corpo, geralmente no tronco, na face ou nos braços e pernas.

O surgimento de lesões no centro da face, na região do nariz e olhos, é preocupante porque elas podem se espalhar e levar à cegueira ou meningite. O quadro ainda pode ser acompanhado por parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento e pressão), ardor e coceira locais, febre, dor de cabeça e mal-estar.

Tratamento

O tratamento é feito com o uso de analgésicos e antivirais, que devem ser iniciados o quanto antes para limitar a extensão das feridas e a duração e gravidade do quadro. Damares contou que ficou internada por alguns dias após o diagnóstico e continua a fazer tratamento para amenizar os sintomas.

Prevenção

A doença pode ser evitada com a vacinação. No Brasil, existem duas vacinas destinadas à prevenção da herpes-zóster, no entanto, nenhuma delas está disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para aplicação pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A Shingrix, fabricada pela farmacêutica GSK, foi aprovada em agosto de 2021 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e começou a ser comercializada em junho do ano passado pelas clínicas particulares brasileiras. Ela é destinada a qualquer adulto com mais de 18 anos, com risco potencial de contrair a doença, como pacientes imunocomprometidos.

Até então, a única opção era a vacina Zostavax, da MSD. No entanto, a indicação de uso dela está limitada a pessoas com mais de 50 anos.

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