O líder indígena Benki Piyãko comemorava seu aniversário no último dia 25, quando sofreu uma tentativa de homicídio no interior do Acre. O suspeito do crime foi o policial civil José Francisco de Menezes. O Ministério Público Federal (MPF) instaurou processo para apuração da tentativa de homicídio, que teria ocorrido na cidade Marechal Thaumaturgo.
Segundo relato de testemunhas que não quiseram se identificar, o policial civil José Francisco de Menezes teria surgido da festividade sem ser convidado, surpreendendo a todos. Benki foi então retirado às pressas do local.
As fontes contam que a motivação da tentativa de homicídio seria inicialmente, política, já que o pai de José Francisco teria atuado durante muito tempo na área, e tido conflitos com Benki em relação a questões envolvendo a perseguição a etnia Ashaninka.
Conforme o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, os fatos foram amplamente divulgados pela imprensa, inclusive com citações de que o policial civil teria “problemas com a etnia”.
A Coordenação Regional do Juruá, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), deve repassar informações ao MPF, se existe ou não procedimento instaurado no órgão, salientando ainda, as que medidas estão sendo aderidas com o intuito de prevenir que novos atentados venha a ocorrer contra o povo Ashaninka.
O Sindicato dos Policiais Civis se posicionou a respeito do caso, saindo em defesa do policial. “No decorrer de oito anos de carreira policial o referido servidor não apresentou nenhuma conduta administrativa ou penal que desabone sua ficha funcional”, destacou o sindicado. Em nota, eles também apoiaram a versão dada por José Francisco.