Na vida sempre seguimos exemplos, bons ou ruins, cada um faz sua escolha. E quando criança passamos a admirar pessoas ou artistas pelas suas ações e muitos deles se tornam nossos heróis ou ídolos. Padre Paulino Baldassari foi exemplo e um ser lendário no município de Sena Madureira, há 144 km de Rio Branco. Até hoje, sua história é admirada e referência para muitos senamadureirenses.
Inspirado nos itinerantes missionários que Padre Paolino fazia levando remédios aos ribeirinhos, a médica natural de Sena Madureira, Natália Moreira, decidiu seguir o exemplo do pároco e criou um projeto missionário humanitário ao lado dos amigos, Samya Souza e do missionário Gean Mota.
“Recordo do trabalho humanitário que Padre Paulino prestava na época em que éramos crianças. E lembro que ele doava remédios para nós. Esse homem foi um ser humano incrível e me inspirou em suas ações a ajudar os mais necessitados e isolados”.
Nos dias 07 e 08 de abril, Natália comandou o ‘Itinerante Missionário Humanitário’ levando mensagens evangélicas e cristãs, consultas médicas, medicamentos para os ribeirinhos, segurança e proteção pelos Bombeiros Militares de Sena Madureira da 6º BEPCIF, para as comunidades Apuí e Toarí no rio Macauã.
Em conversa exclusiva com a coluna Douglas Richer, do portal ContilNet, Natália revelou como surgiu a ideia de realizar o projeto no feriado santo: “Minha inspiração sempre foi o Padre Paulino levar saúde aos mais necessitados e que vivem em áreas remotas onde ninguém chega. E isso só foi possível através de mãos amigas, entre elas o apoio dos dos Bombeiros Militares de Sena Madureira fazendo nossa segurança e me levando até as localidades Apuí e Toarí no rio Macauã. Também o apoio essencial da Secretaria de Saúde Municipal na predisposição de remédios à rede de saúde”, explica a médica.
Veja alguns registro dos locais onde o projeto passou:
Na entrevista com este colunista, Natália revelou que foram mais de 70 famílias alcançadas no primeiro dia de itinerante, levando remédios aos seus lares, sendo orientados a uma melhor saúde e cuidados em geral de segurança.
A médica relatou a este colunista que subindo o Rio Macauã foram aproximadamente 4 horas de viagem. O rio estava bem agitado e necessitava de uma equipe qualificada em manusear a lancha para a segurança da viagem, e para que a missão fosse concluída com sucesso sem risco à saúde da equipe médica ribeirinha.
“Durante o trajeto o clima estava de chuva e frio, uma das dificuldades de locomoção. Porém, a técnica de manuseio fez ficar leve o percurso”, explicou Natália.
Veja imagens exclusivas cedidas a coluna Douglas Richer: