Conhecido há anos por vender pamonhas no Calçadão da Gameleira, seu Raimundo precisou se reinventar para conseguir sustentar a família após a segunda maior cheia do Rio Acre já registrada na capital.
Com a subida repentina das águas, a orla da Gameleira foi inundada e teve que ser interditada pela Polícia Militar por questões de segurança. Acontece que, além de perder quase tudo por conta da enchente, seu Raimundo ficou sem o espaço e sem o movimento de clientes para vender seus produtos.
No desespero, o ambulante achou uma alternativa para não deixar a família passar fome. Com uma catraia parada em casa, seu Raimundo começou a transportar as pessoas pelas áreas alagadas do segundo distrito e cobrar um valor simbólico pela viagem.
“Eu vendo milho na Gameleira, mas com essa água tá difícil. Ninguém vem pra cá. Tudo alagado. Eu não posso deixar minha família passar fome. Porque até agora não ganhei um sacolão. Ganhei nada. Tô remando para sobreviver”, disse o vendedor.
Veja a videorreportagem exclusiva do ContilNet: