Prestes a assumir a presidência do diretório regional do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-deputado Daniel Zen reconheceu que o partido não é mais protagonista e admitiu uma ampla aliança, incluindo MDB e PSD, para apoiar Marcus Alexandre, caso sua candidatura prefeito de Rio Branco venha a se consolidar.
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“O Marcus Alexandre é o nome que todo mundo fala mas ele está desfiliado do PT por questões do trabalho dele no TRE e não é segredo pra ninguém que os outros partidos tem procurado ele e eu acho que independente dessa definição, ele é um companheiro de muito valor que tem todo respeito e se ele, eventualmente, se filiar em outro partido não vai passar a ser um traidor ou alguém que a gente vai perder o respeito. Ao contrário, a menos que ele não queira o nosso apoio, a tendência é que ele sendo candidato por qualquer partido dentro dessa frente ampla eu não vejo razão porque não apoiá-lo”, disse.
São 9 os partidos com quem o PT dialoga, de acordo com Zen. “Hoje temos uma grande frente de esquerda consolidada que envolve a nossa Federação (PT – PC do B – PV) e outra Federação (Rede – Psol), além de outros partidos de esquerda, o PCO e o PCB, e temos um bom diálogo com o centro, que é o MDB e o PSD”, afirmou.
Daniel Zen, que assume a presidência regional do PT no sábado (27) no lugar de Cesário Braga, analisa que o momento é de reconhecer que não há protagonismo do partido do Acre, e por isso mesmo não há nomes para uma pré-candidatuta a prefeito de Rio Branco.
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“Nós do PT não estamos nos colocando numa condição de protagonista. Fomos protagonistas por muito tempo e estamos entendendo que nesse momento não somos mais e estamos nos colocando num diálogo muito franco e muito honesto. Como é que a gente pode ser protagonista se não temos deputado estadual, federal, senador? O Lula é presidente. Isso é ótimo e estamos ajudando muito o governo federal aqui no Acre, mas no dialogo pra 2024 a gente entende que não somos protagonistas e queremos fazer parte dessa frente ampla de esquerda, centro e centro direita”, destacou.
Para ele, o momento exige organização para fortalecer o partido em todos os municÍpios.
“Prioridade é a gente continuar com a organização partidária, filiados, o que é de práxi, mas prioridade mesmo é a montagem da chapas de vereador em Rio Branco e nos municípios com a direção estadual dando todo suporte para as direções municipais pra gente fazer a disputa em todo estado”, concluiu.