Nas investigações da Polícia Civil do Acre sobre o ataque sofrido pelos participantes de um baile funk no Parque das Acácias, na estrada da Floresta bairro Floresta Sul, em Rio Branco, no último sábado (12), o que não hão de faltar são testemunhas e provas materiais, como os vídeos no momento e logo em seguido ao atentado.
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Além de mais de 400 pessoas terem testemunhado a invasão do espaço, quando alguns criminosos entraram no ambiente pela parte dos fundos pulando o muro, e pelo menos dois entraram pela frente, de moto, mesmo em meio ao desespero e à correria, muitas pessoas conseguiram gravar diversos vídeos sobre a ocorrências, através de aparelhos de celular.
Os vídeos mostram pessoas feridas e caídas, além de outras correndo pela calçada tentando fugir o mais rápido possível dali. Há até mesmo o vídeo em que uma pessoa usa o carro para arrombar o portão principal de acesso ao clube, transforados, em poucos instantes, numa espécie de sucursal do inferno. Parte das filmagens pode ser feita por moradores do Via Parque, condomínio de apartamento que fica em frente ao clube, do outro lado da rua, no qual alguns moradores, protegidos em suas residências, usaram os aparelhos para documentar o desespero.
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No ataque, além da jovem Giovana dos Santos de Lima, de 20 anos, que morreu baleada na porta do clube, outras 11 pessoas ficaram feridas, entre elas uma das amigas de Giovana, que está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com uma bala na cabeça.
Do grupo, dois estão ainda em estado grave. São os jovens Alexandro de Araújo Silva, 19 anos, e Jéssica Cristina de Oliveira Barbosa, 18. Eles estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) em estado de saúde grave.
As demais vítimas que deram entrada ao PS foram identificadas como: Maria Eduarda de Souza Lima, 18 anos, Melrison Lucas da Silva Carneiro, 18 anos, Kelvin Saldanha de Araújo, 18 anos, Josemir Cavalcante da Silva, 33 anos, Samuel dos Santos Lima, 22 anos, Rafael Mourão Matos Silva, 20 anos e o adolescente D.B.G, 16 anos. As vítimas encontram-se com seus quadros clínicos estáveis e não correm risco de morte.
O promotor do baile, Oswaldo Gomes Junior, um DJ que atua como empresário na cidade fazendo este tipo de promoção está desaparecido. Amigos seus disseram que ele cumpriu todas as regras exigidas pelo Fundeseg, o órgão da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública que autoriza a realização deste tipo de eventos, inclusive no que diz respeito à segurança.
Mesmo assim, em sua última postagem nas redes sociais, o rapaz se diz culpado pela ocorrência. “Eu podia ter evitado isso”, ele escreveu.