IML ainda não tem prazo para concluir reconhecimento de vítimas de acidente aéreo; entenda processo

Caso é considerado complexo pela perícia técnica do Acre. Todos os 12 corpos estavam carbonizados

Os corpos carbonizados das 12 vítimas do terceiro maior acidente aéreo do Acre, ocorrido neste domingo (29), começam a passar por reconhecimento no Instituto Médico Legal, em Rio Branco.

Corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), em Rio Branco/Reprodução

No mesmo dia do acidente, familiares dos doze passageiros, sendo 9 adultos e uma bebê, e dois tripulantes, piloto e copiloto, foram ouvidos pela Polícia Civil do Acre.

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Por conta da complexidade do caso, o IML afirmou ao ContilNet que ainda não tem prazo para concluir os trabalhos de reconhecimento das vítimas. Os corpos serão reconhecidos por exames de DNA.

Os peritos do IML ainda não iniciaram a coleta do DNA dos familiares. Ainda estão na fase de seleção das pessoas, feito pelo IAF, Instituto de Análises Forense, também da perícia técnica da Polícia Civil do Acre.

“Por conta da incidência do fogo, isso dá uma dificuldade ainda maior. É diferente de uma pessoa viva que você vai lá e coleta a saliva e consegue extrair o DNA rápido”, explicou o diretor-geral de perícia do IML, João Thiago Marinheiro.

O diretor explica que todas as 12 vítimas estavam com o corpo carbonizados, no mesmo padrão. Até o final das identificações dos cadáveres, os corpos continuarão no IML.

Como é feito o processo 

O reconhecimento dos corpos é feito pelo próprio IML, através do Instituto de Análises Forense. É coletado uma amostra do cadáver e amostras de DNA de familiares. A partir destas coletas, os peritos realizam uma seleção para saber qual a melhor amostra coletada.

“A gente coleta o DNA do questionado [do cadáver] e coleta dos familiares, e aí a gente vai escolher qual o melhor familiar para poder coletar. A partir daí que começa a processar”, disse o diretor do IML.

O acidente

O avião caiu cerca de 1800 metros depois da cabeceira da pista do aeroporto, numa região de mata fechada próximo a uma fazenda, às margens da na BR-364. Estavam a bordo doze passageiros – incluindo o bebê no colo de sua mãe, e dois tripulantes, o piloto e o copiloto.

Aeronave caiu próximo ao Aeroporto de Rio Branco; 12 vítimas morreram. Foto: Corpo de Bombeiros do Acre

O voo decolou de Rio Branco às 7h20 e caiu por volta das 7h21, segundo a empresa responsável e o aeroporto.

Vítimas

Dozes passageiros, sendo 9 adultos e uma bebê, e dois tripulantes, piloto e copiloto não resistiram ao grave acidente, morrendo no local após o avião explodir.

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O avião viajava com destino ao município de Eurinepé, no Amazonas (AM). Porém, fariam uma parada em Envira. Várias viaturas do Serviço Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) e do Corpo de Bombeiros (CBMAC) se deslocaram para o local do acidente.

O município de Envira decretou luto oficial de três dias após a morte de quatro habitantes da cidade, que estavam na aeronave. Entre eles, estão dois empresários, uma servidora pública e uma outra mulher. Já os outros seis passageiros eram de Eirunepé.

As doze vítimas são:

Passageiros

Alexander Bezzerra
Francisco Eulimar
Ana Paula Melo
Raimundo Nonato Melo
José Maria Epifanio
Antonio Matos
Antonia Elizângela
Edineia de Lima
Clara Maria Monteiro

Tripulantes

Cláudio Atílio Montari – piloto
Kleiton Lima Almeida – copiloto

O que causou o acidente

Até o momento, o que se sabe é que as investigações serão conduzidas pela Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da Aeronáutica, a partir de Manaus, no Amazonas.

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