O superintendente federal do Ministério da Pesca e Aquicultura no Acre, Paulo Ximenes, por conta da crise de seca extrema no estado, encaminhou um ofício ao governador Gladson Cameli (PP), solicitando que o Executivo do Estado decrete situação de calamidade hídrica, imediatamente.
O ofício foi enviado ao secretário de Governo, Alysson Bestene e alerta sobre os impactos causados pela seca no estado. O documento destaca que a crise pode colocar em risco a segurança alimentar das pessoas que vivem da pesca no Acre.
“A Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Estado do Acre (SFPA/AC) entende que a Calamidade Hídrica no Estado do Acre possui impactos severos na Pesca e Aquicultura, principalmente nos meses do verão amazônico, notadamente nos meses de agosto, setembro e outubro de 2023”, justificou o ofício.
O documento destaca também estudos de cientistas do Acre que alertam sobre a calamidade no estado. O superintendente completou reiterando sobre a necessidade da decretação.
“Diante da gravidade da situação, é crucial que o governo estadual reconheça a extensão dos danos e atue prontamente para mitigar os impactos negativos. A decretação da calamidade hídrica é essencial para a mobilização de recursos e apoio necessários para enfrentar essa emergência e garantir a subsistência das comunidades afetadas até a chegada dos meses do inverno amazônico, quando as chuvas podem amenizar a crise hídrica”.
O governo do Estado já declarou situação de emergência ambiental em decorrência do desmatamento ilegal, queimadas, incêndios florestais e degração florestal nos municípios de Acrelândia, Brasiléia, Bujari, Cruzeiro do Sul, Feijó, Manoel Urbano, Sena Madureira, Taraucá, Rio Branco e Xapuri.
Na última semana, o prefeito Tião Bocalom foi o primeiro município do estado a declarar situação de emergência por conta da seca hídrica.