Sobrevivente de um dos maiores desastres aéreos do Acre conta história em live; confira

Médica sobreviveu à queda da avião da Rico em agosto de 2002 e um ano e dois meses depois contraiu um câncer de mama. "Eu sou um milagre de Deus”, diz ela

A história (e que história!) de vida da médica paraibana mas radicada no Acre há 44 anos Célia Rocha, de 72 anos, será contada no domingo, a partir das 17h30 (horário do Acre), numa live do Instagram do influenciador Paulo Peregrino, que faz suas transmissões do Rio de Janeiro. Será a história de uma médica que, aos 51 anos, sobreviveu a um dos maiores acidentes aéreos já registrados no Acre e um dos maiores da história da aviação brasileira e que, antes de se curar das cirurgias e das sequelas do acidente, contraiu um câncer de mama.

Paulo Peregrino. Foto: Reprodução/Redes sociais

“Foram oito ciclos de quimioterapia e 30 de radioterapia”, conta a médica, sobre o câncer. A queda do avião foi em 30 de agosto de 2002. Era um dia de festa no Acre, quando se encerrava mais uma edição da maior feira agropecuária no estado, realizada anualmente em Rio Branco. O dia havia amanhecido com o sol forte, típico de agosto. Os acreanos se preparavam para o show do cantor Frank Aguiar, que estava marcado para aquela noite no parque de exposições.

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No fim da tarde veio a informação de que o voo 4823, da Rico Linhas Aéreas, havia caído pouco antes de pousar na capital. Começava ali o registro de uma das maiores tragédias que marcaram o Acre e um capítulo especial na vida de uma das sobreviventes.

O avião saiu de Cruzeiro do Sul, fez uma escala em Tarauacá e, a 1,5 mil metros do aeroporto de Rio Branco caiu, matando 23 pessoas. De acordo com o Centro de Investigações e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Cenipa), das 23 vítimas fatais, três eram tripulantes e 20 passageiros.

Avião da Rico Linhas Aéreas caiu pouco antes de pousar na capital. Foto: Reprodução

O acidente também deixou seis passageiros em estado grave e dois com lesões leves. A aeronave levava 31 pessoas e teve danos graves. Quando caiu, o impacto com o solo fez a aeronave atingir seis bezerros e duas vacas, além de ter colidido contra uma porteira.

O local onde o avião caiu era de difícil acesso, em estrada de terra e, para dificultar ainda mais, caía uma chuva torrencial, o que dificultava as atividades de socorro aos sobreviventes.

Será esta história, acrescida de sua luta contra o câncer, que Célia Rocha vai contar no canal “Com Fé e Ciência”. É um canal no qual o apresentador traz histórias, “de tantas por aí que dão exemplos, na luta que travam, de resiliência e ações pelo bem – uma forma de agradecer a dádiva de Deus pela vida que recebemos ao nascer”.

Médica Célia Rocha vai contar a história do acidente aéreo e sua luta contra o câncer. Foto: Reprodução

O apresentador cita seu caso. “No meu caso, desde 2010, foram 4 cânceres e, pelas minhas contas, umas oito oportunidades de vida com certeza. Estou ainda devendo”, diz ele.

Por isso, o canal é de entrevistas, dicas e informações de quem e para quem viveu e vive essas batalhas especialmente contra o câncer, uma verdadeira epidemia global. “O grande objetivo do é dar voz, por menor que seja a audiência e repercussão, a todos que precisam superar o que parecia ser insuperável. E aos que são fundamentais para isso”, definiu.

A médica Célia Rocha é sobrevivente do acidente aéreo da Rico. Foto: Reprodução

Sobre o canal, o influencer afirma: “É um canal para pacientes, ex-pacientes, familiares, profissionais de saúde, cientistas, religiosos e organizações de apoio. Em conversas informais sobre como a fé e a ciência agem nessa jornada, repassando suas experiências para ajudar os outros. O canal “Com Fé e Ciência” faz parte, acima de tudo, da missão que assumi desde o meu terceiro câncer. Numa abordagem exatamente igual ao que seu nome representa”, diz.

Célia é sobrevivente do 2º maior acidente aéreo do Acre. Foto: Reprodução

Peregrino conta que a partir de 2019 (meu terceiro câncer), deixou de se questionar. “Passei a me perguntar o PARA QUE. Esse canal, portanto, está no mesmo contexto do meu livro que ainda escrevo, de todas as entrevistas que dei e continuo, e as palestras que dei (e espero dar), desde a minha alta com a remissão do câncer em 28 de maio de 2023. Faz parte de minha missão!”, diz.

Célia Rocha diz que participará da live na esperança de que, com sua história, pessoas que enfrentam problemas, inclusive de saúde, com doenças degenerativas e graves, como o câncer, encontrem forças para continuar lutando. Ela diz que sua sobrevivência é “um milagre de Deus” e vai revelar um pouco de suas crenças e mostrar que, mesmo quando tudo aparenta ser o fim, pode ser o começo de uma nova história.

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