A influenciadora e escritora Leandrinha Du Art e o namorado, Izacc Medeiros, desembarcaram em Rio Branco na tarde desta quinta-feira (14). Nas suas redes sociais, antes de desembarcar no estado, a influenciadora e escritora contou um pouco sobre estadia no Acre.
“Vou fazer uma turnezinha no Acre, vou para Rio Branco, vou para Xapuri, tô muito animada porque vou rever um monte de gente que conheço, que gosto, que entrou na minha vida. Vou matar a saudade dos amigos, da floresta, bora discutir o que importa né, bora discutir a sustentabilidade, bora discutir meio ambiente, bora discutir clima, vamos se interar mais sobre essas pautas[sic]”, comentou a influencer.
Em sua chegada em Rio Branco, Leandrinha soltou seu famoso bordão ao lado do namorado: “Cheguei no Acre, aralho”. O namorado de Leandrinha comentou sobre sobre a paisagem verde das florestas acreanas e também o ar puro do estado. “Que saudade que eu tava daqui, desse clima”, disse Leandrinha.
Leandrinha já esteve em outros eventos no Acre, onde participou de eventos culturais em Rio Branco. A influenciadora não esconde a felicidade de retornar ao Acre e rever amigos de longas datas: “Para quem não sabe, eu tenho uma relação com o Acre de longa data, tenho amigos aqui que eu considero família. Tô muito feliz em voltar aqui.”
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Quem é Leandrinha Du Art, influencer trans e PcD
Escritora, fotógrafa, ativista pelos direitos das pessoas com deficiência (PcD) e membro da comunidade LGBTQIA+. Leandrinha Du Art é natural de Passos (MG) e influencia mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, onde compartilha sua visão sobre sexualidade.
A influenciadora sul-mineira Leandra Du Art, conhecida como Leandrinha, tem 28 anos. Ela começou a carreira na internet com publicações em uma página do Facebook – criada em 2015. Outra aposta foi um blog pessoal, em que divulgou até 2021 textos como crônicas, contos eróticos e reflexões.
Leandrinha nasceu com Síndrome de Larsen, uma condição genética rara que afeta o desenvolvimento dos ossos do feto durante a gestação, frequentemente resultando em luxações e deslocamentos nas articulações, como pés, joelhos, quadris e cotovelos.
Hoje, ela abraça seu corpo como sua principal ferramenta de comunicação e usa-o para transmitir mensagens de empoderamento.
“Um dia eu tive nojo do meu corpo, hoje é a minha maior ferramenta de comunicação, é com ele que eu atravesso as pessoas que param pra me olhar; é com ele que passo uma mensagem”, exalta em uma legenda das redes sociais.
A trajetória de Leandrinha como ativista começou a partir do momento em que percebeu uma lacuna preocupante na sociedade. Em 2018, ela foi candidata a deputada federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), mas não chegou a vencer para ocupar o cargo.
Embora houvesse um discurso contra o preconceito e a inacessibilidade, os espaços coletivos e lideranças muitas vezes não representavam pessoas como ela.
“(…) Ainda sofremos com os espaços de poder dominados por homens brancos cisgênero heteronormativos, que descartam e deslegitimam tudo que está fora desse “padrão”. Por que não há, nesses espaços, pessoas jovens? Por que não há deficientes? Por que não há pessoas trans? Por que não há representatividade popular dos interiores?”, indaga Leandrinha, em uma pequena autodescrição.
Com informações do G1