Gladson quer reestruturar base, confirma aliança com Petecão e fala sobre apoio a Bocalom

Veja detalhes na coluna 'Na Ponta da Língua', do jornalista Matheus Mello

O senador Sérgio Petecão (PSD) está no radar do governador Gladson Cameli (Progressistas) para 2024. O parlamentar esteve no palanque de Cameli nas eleições de 2018, mas após desavenças deixou a base do governador. Com a saída, Petecão chegou inclusive a enfrentar Gladson quatro anos depois, nas eleições estaduais de 2022, que reelegeu o governador no 1º turno, com mais de 57% dos votos válidos.

Agora, Gladson confirmou que pretende reestruturar a base rachada e já mantém conversas com o senador Petecão. A informação foi dada durante entrevista ao podcast Papo Informal, nesta quinta-feira (28).

Gladson e Petecão/Foto: Reprodução

Cameli confirmou a volta de Petecão para a base e garantiu que a relação com o senador ‘vai dar casamento’. “Ninguém governa só. Não somente o Petecão. Eu vou realinhar toda a base. Nós vamos entrar em 2024, com o retorno dos trabalhos, do Legislativo, já com todas as propostas e as conversas [de alianças], finalizadas. Eu conversei com o senador Petecão, dei a minha palavra e nós vamos fazer um trabalho em conjunto,”, disse o governador.

O governador aproveitou para dizer que também tem conversas com o senador Marcio Bittar. Ele lembrou que telefonou para ele nesta quinta-feira, para agradecer o recurso para a finalização da obra da Estrada da Variante, em Xapuri. Gladson destacou ainda que essa aproximação não é política, mas também pela governabilidade do Estado.

Progressistas e apoio a Bocalom

Ao ser questionado se o Progressistas poderá apoiar a reeleição do prefeito Tião Bocalom no ano que vem, Gladson não negou essa possibilidade e foi enfático: “Tudo é possível”.

Porém, o governador reafirmou que o seu candidato à Prefeitura de Rio Branco segue sendo o secretário de Governo, Alysson Bestene, e declarou que possível apoio a Bocalom seria em um eventual 2º turno.

Bocalom e Gladson Cameli/Reprodução

“A direita vai estar unida no 2º turno. Até março tem muita água para rolar debaixo dessa ponte. Vai ter partidos que irão se unificar. Tem tantas situações que vai mudar todo esse cenário. O Alysson é o meu candidato. Se ele for pro 2º turno o Bocalom vai apoiar ele, se o Bocalom for, o Alysson vai apoiar ele”, disse Cameli.

O governador completou ainda que já deixou claro a escolha do nome de Alysson e deixou para que a Executiva do Progressistas resolvesse as pendências, que atualmente é presidida pela deputada federal Socorro Neri. “Nós ainda temos uma estrada pela frente e eu não vou sair fechando portas. Eu converso com todo mundo e preciso de apoio. Ninguém ganha uma eleição só”, finalizou.

Aliança com Marcus Alexandre

Em relação a uma aliança com o candidato do MDB, Marcus Alexandre, Gladson declarou que não irá fechar portas, mas fez ressalvas: “Eu venho da direita. Marcus hoje é de direita, esquerda, qual a ideologia? Nós nunca conversamos. Mas nunca fechei portas”.

O governador lembrou que o maior entusiasta de uma aliança entre PP e o MDB é o deputado estadual Tanízio Sá. Gladson negou que tenha trativas com Marcus Alexandre, mas destacou que essas conversas precisam ser feitas pelo pré-candidato, Alysson Bestene.

“O Alysson é o comandante. Ele que é o meu pré-candidato. É ele quem vai conversar. Agora todo mundo que quer conversar só que o Alysson vá para vice, acha que ninguém pode fazer o contrário, aí eu não entendo”, ironizou.

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