Mailza mostra que é fiel escudeira e não se aproveita do momento para assumir o Governo

A vice-governadora pode assumir a chefia do Executivo do Acre caso o afastamento de Gladson seja acatado pelo STJ

O governador Gladson Cameli foi alvo de um pedido da Procuradoria Geral da República que pediu o afastamento dele do Governo após uma investigação da Polícia Federal. O chefe do Poder Executivo do Acre disse segue confiando na Justiça e que está à disposição para quaisquer esclarecimentos. Gladson declarou ainda que não há fatos novos, que não passam de mais um trâmite da Justiça.

“Quero dizer a população do Acre que eu acredito em Deus, na Justiça, nas pessoas e peço que se tranquilizem”, finalizou.

Nas redes sociais, parlamentares, políticos e secretários iniciaram uma campanha em defesa do governador. Além disso, as mensagens recebidas por Gladson romperam o campo da política e chegou em pessoas comuns, responsáveis por reeleger ele em 1º turno nas eleições do ano passado.

Fiel escudeira

A vice-governadora Mailza Assis comprovou o porque de ser a vice ideal de Gladson. Se o afastamento se cumprir, é ela quem assume o Governo do Estado. E mesmo assim ela segue sendo uma defensora árdua do governador.

Nas redes, Mailza diz que confia na justiça e crê que tudo será esclarecido. “Conte com o meu apoio para seguir trabalhando para melhorar a vida das pessoas. Estamos juntos!”, disse.

Poder Legislativo

Com uma base forte na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), vários deputados defenderam o governador publicamente. Foi o caso do deputado estadual e presidente da Casa, Luiz Gonzaga (PSDB).

“As acusações serão minuciosamente analisadas judicialmente, confiando na imparcialidade do processo e aguardando a decisão. Reafirmamos nosso compromisso com ética, responsabilidade e os princípios democráticos, confiantes na justiça e na manutenção da ordem institucional”, disse o presidente.

O deputado Pedro Longo (PDT), atual vice-presidente da Aleac e que já foi líder de Gladson na Aleac, pontuou algumas informações que serviram para questionar a lisura do pedido.

“Considerei o pedido infundado, já que a denúncia versa sobre fatos do passado, portanto sem contemporaneidade e sem nenhum elemento novo. Como dizemos no mundo jurídico, um “copia e cola” das peças anteriores (já rejeitadas pela Relatora, aliás)”.

Longo, que é juiz aposentado, lembrou que há inconsistência no processo que investiga Gladson, o irmão e até o pai do governador.

“Por exemplo, o que começou como uma denúncia de desvios de R$ 800 milhões, agora se encontra reduzido a uma cifra muito menor, inferior a R$ 10 milhões, e ainda por cima, não comprovada”.

Nicolau Júnior, 1º secretário da Casa, também publicou uma nota de apoio a Gladson. “O povo do Acre sabe que temos um governador transparente e tem isso como prioridade”.

O atual líder de Gladson na Aleac, deputado Manoel Moraes, disse que tem certeza que o governador “se afastará do Governo sim, mas no ano de 2026, para ser eleito como o Senador mais bem votado da história desse Estado”.

Outros deputados que prestaram apoio ao governador foram: Eduardo Ribeiro, Tadeu Hassem, Arlenilson Cunha, Maria Antônia, Tanízio Sá, Pablo Bregense, Manoel Moraes, Clodoaldo Rodrigues, Whendy Lima, André Vale, Marcus Cavalcante.

Bancada Federal

Na bancada federal, boa parte dos deputados do Acre se manifestaram ao defender o governador das acusações. Do Progressistas, Socorro Neri, a mais votada das últimas eleições, disse que confia na Justiça a mantém a “confiança em seu propósito de servir ao povo acreano com ética, decência e dedicação”.

A deputada ainda lançou uma nota em conjunto com o secretário de Educação, Aberson Carvalho. Os dois são presidente e vice-presidente da Executiva Municipal do Progressistas em Rio Branco.

Zezinho Barbary, outro deputado do PP, disse que Gladson é “um governador trabalhador, atuante e comprometido com o desenvolvimento do Acre e que jamais mediu esforços para bem representar nossa gente e honrar a confiança nele depositada”.

Já Coronel Ulysses declarou que “não foram apresentados fatos novos que venham a ensejar ou subsidiar qualquer pedido de afastamento”. Ele completou dizendo que ele e Gladson continuarão juntos trabalhando pelo Acre.

Silêncio dos senadores

Nenhum dos 3 senadores do Acre se posicionaram publicamente sobre o pedido de afastamento do governador. Marcio Bittar, do União Brasil, está em viagem à São Félix do Xingu, no Pará, em uma diligência da CPI das ONGs. Alan Rick participou de um encontro com empresários na sede do Sebrae, e Petecão segue no hospital internado por complicações respiratórias.

Secretariado

A equipe do secretariado de Gladson convocou todos os membros do governo para uma ‘Operação defenda o governador’. Nas redes sociais, secretários, direitos e presidentes de autarquias, se posicionaram para anunciar o apoia a Cameli.

Como foi o caso do secretário de Saúde, Pedro Pascoal, que disse que segue firme e juntos com Gladson na luta.

Alysson Bestene, secretário de Governo e pré-candidato à Prefeitura de Rio Branco pelo PP, declarou que confia em Gladson e saiu em defesa do governador.

“Eu acredito na inocência. É uma pessoa em quem confio muito e ele tem confiança sem mim.”

Já Aberson Carvalho, da Educação, declarou que “registro meu apoio ao governador Gladson Cameli, como líder político que não mede esforços para promover o bem coletivo para população acreana, sobretudo, na qualidade e equidade da Educação”.

Italo Lopes, secretário de Obras Públicas disse: “Estamos juntos na construção de um Acre cada vez mais desenvolvido e com um olhar de cuidado com as pessoas”.

O secretário de Agricultura, Luís Tchê, convocou a Executiva do PDT, partido da base de Gladson e disse: “Confio na justiça, e estou certo de que será visível a todos o caráter e a idoneidade de Gladson após esclarecidos os fatos”.

O secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanipal Mesquita, destacou que que “,como gestor, Cameli tem trabalhado pela melhoria da qualidade de vida de nossa população, bem como pregado a transparência, tanto que, sempre colocou o estado à disposição dos órgãos fiscalizadores, sem nenhum embaraço ao trabalho da Justiça”.

O presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara, declarou que confia que com sabedoria e transparência, tudo será esclarecido e finalizou dizendo “meu apoio ao governador”.

João Paulo Silva, presidente da Fundacre, disse que confia na Justiça, em Gladson e que a luta do governador, “também é nossa”.

Oposição perdeu a chance

A Oposição de Gladson perdeu a oportunidade de transformar o pedido de afastamento de Gladson em um palco político. O líder da Oposição na Aleac, deputado Edvaldo Magalhães nao se pronunciou sobre o pedido da PGR. A mesma coisa aconteceu com Emerson Jarude, do NOVO, que vem fazendo uma oposição forte ao governador na Casa. Ele participou de um encontro com empresários no Sebrae e não publicou nenhum posicionamento oficial.

Da oposição na Aleac, apenas a deputada Michelle Melo (PDT), que já foi líder de Gladson no parlamento, se pronunciou sobre o caso. Ela disse que o Acre virou destaque nacional negativamente por conta do pedido de afastamento do governador.

Fora das paredes da Aleac, o ex-deputado e atual presidente do PT, Daniel Zen, ironizou o fato de vários políticos e membros do Governo de estarem publicando mensagens de apoio ao governador.

“Minha solidariedade a todos vocês, que estão sendo obrigados a ser solidários”, disse.

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