O deputado estadual Eduardo Ribeiro se posicionou sobre os boatos que afirmam que ele estaria de saída do PSD, após um suposto desentendimento com o senador Sérgio Petecão, que preside o partido no Acre. No ano passado, o parlamentar se aproximou do alto escalão do governo e foi especulado como possível novo filiado do Progressistas, partido do governador Gladson Cameli. Em entrevista à coluna, Eduardo negou que irá deixar o PSD e disse que não ‘há indicativos’ que podem fazer ele escolher outra sigla no momento.
“Não sei porque começou a circular esses boatos. Não tenho intenção nenhuma de sair do PSD”, afirmou.
Relação com Petecão
Eduardo comentou ainda sobre um possível atrito com o senador Sérgio Petecão. No ano passado, em uma reunião com o MDB sobre alianças em torno da candidatura de Marcus Alexandre, Eduardo, mesmo sendo presidente da Executiva Municipal do PSD, não compareceu ao evento, o que teria causado estranheza em Petecão. Mas ao que tudo indica, não houve desentendimento e a relação entre os dois não foi abalada.
“A relação com o senador Petecão segue como sempre foi, priorizando acima de qualquer coisa os interesses do Acre e do partido”, disse Eduardo.
Vice?
Outro boato que surgiu envolvendo o nome de Eduardo Ribeiro foi que o deputado poderia ser o candidato a vice na chapa de Alysson Bestene, na corrida pela Prefeitura de Rio Branco. Ainda na entrevista, o deputado recuou e disse que esse não é o foco agora.
“Não tem nada definido nesse sentido. O planejamento que existe é de muito trabalho na Assembleia Legislativa”.
Já conhece o cargo
Essa não seria a primeira vez que Eduardo concorreria a vice-prefeito de Rio Branco. Em 2020, ele compôs a chapa da então prefeita da capital, Socorro Neri, que concorria à reeleição. Na época, ele era membro do PDT. Anos depois, ele deixou o partido e se filiou ao PSD para disputar uma cadeira na Aleac. Eduardo foi eleito com 4.810 votos.
Na rabeta
Eduardo garantiu a 24º cadeira da Assembleia Legislativa do Acre. Foi o último dos eleitos em número de votos. Porém, em produtividade, o deputado surpreendeu e foi uma das gratas surpresas no primeiro ano da legislatura de 2023.
Articulador
Fontes do Palácio Rio Branco disseram que Eduardo, inclusive, foi um dos responsáveis pela volta do senador Sérgio Petecão à base de Gladson Cameli. Segundo informações repassadas à coluna, no ano passado, ele foi o articulador de uma reunião entre Petecão e a vice-governadora Mailza Assim, que selou a aliança entre PSD e Progressistas em prol da candidatura de Alysson Bestene.
Já no outro lado …
Por outro lado, o MDB ainda sofre para tentar encontrar um nome para vice-prefeito na chapa de Marcus Alexandre. Sonhou com Dilza Ribeiro, médica e mãe de Eduardo. Porém, com a ida do PSD para a base de apoio a Alysson Bestene, esse desejo foi por água abaixo. Engana-se quem acha que a escolha do vice será única e exclusiva de Marcus. O martelo final quem deverá bater é o maior cabeça branca do MDB, Flaviano Melo.
Vai até o limite
Fontes do MDB disseram que Marcus Alexandre pretende aguardar até o prazo máximo das convenções partidárias, em agosto, para definir o nome do candidato a vice. O ex-prefeito tem o desafio de achar um nome do campo da direita ou do centro, já que todos os partidos que compõe a aliança até o momento, são do espectro da esquerda.
Comemorou
Marcus Alexandre anda com um sorriso até a orelha após mais uma pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura de Rio Branco. Divulgada nesta semana, o Instituto Data Control, na pesquisa estimulada, ou seja, quando é apresentado nomes ao eleitor, Marcus Alexandre aparece com 45%, a poucos números de vencer as eleições logo no 1º turno. O atual prefeito, Tião Bocalom, surge com 26%
“É o sentimento que temos nas ruas, um sentimento de mudança, eu quero agradecer a confiança dos riobranquenses, a confiança do povo que me recebe com tanto carinho e respeito”, escreveu.
Pera lá!
Porém, quando trazido os números da pesquisa no cenário espontâneo, ou seja, onde o eleitor manifesta livremente seu voto, sem opções apresentadas, o nome do atual prefeito Tião Bocalom segue lembrado e os dois aparecem tecnicamente empatados. Marcus, com 17,6% e Bocalom com 16,3%. Ou seja, o Velho Boca não é carta fora do baralho.
Cenário otimista
Com o avanço das obras previstas para serem entregues em 2024, como o primeiro viaduto de Rio Branco, a equipe da Prefeitura prevê uma disparada de Bocalom nas próximas pesquisas. Só no asfaltamento das ruas, um dos pontos mais criticados em relação a gestão do prefeito, serão investidos R$ 100 milhões neste ano, após um empréstimo aprovado na Câmara Municipal.
Off
– Na pesquisa Data Control, o candidato do governo, Alysson Bestene cresceu, mas ainda não decolou e precisa intensificar a pré-candidatura neste primeiro semestre de 2024;
– Na espontânea, Socorro Neri ainda é lembrada e pode ser um plano do Progressistas;
– Jenilson Leite aparece nas últimas colocações;
– Porém, essa ainda é a primeira pesquisa que apresentou o nome do ex-deputado nas estimuladas;
– Mesmo com o baixo desempenho, Jenilson é o menos rejeitado entre os 7 nomes apresentados pelo Data Control;
– Se tirar o nome de Ulysses, que já afirmou que ser prefeito ainda não é o foco, e Minoru, que recuou da candidatura, o cenário ainda é o mesmo: Marcus e Bocalom nas cabeças;
– Sem Minoru e Jenilson: Marcus (48%), Bocalom (25%), Ulysses (4%), Alysson (3%) e Jarude (3%);
– Sem Ulysses e Jenilson: Marcus (50%), Bocalom (26%), Alysson (4%) e Jarude (4%);
– Ainda é a primeira pesquisa de 2024;
– Tem muita água para rolar até outubro;