18 de junho de 2024

Justiça põe em liberdade caminhoneiro que atropelou e matou mãe e filho em Rio Branco

Justiça entendeu que motorista não teve a intenção de matar

Na tarde deste domingo (4), a vara de plantão do Fórum Criminal em Rio Branco realizou uma audiência de custódia que resultou na libertação do caminhoneiro Florisvaldo Ribeiro dos Santos, 49 anos, envolvido no acidente que resultou na morte de uma mãe e filho. A decisão judicial se baseou na avaliação de que não houve intenção de matar por parte do motorista do caminhão baú.

A juíza responsável pela audiência seguiu o entendimento do Superior Tribunal Federal (STF), que estabelece que em casos de homicídios culposos, a prisão não deve ser convertida em prisão preventiva. Dessa forma, Florisvaldo foi concedido o direito à liberdade provisória, permitindo que responda ao crime de trânsito em liberdade.

Caminhão invadiu a contramão e matou mãe e filho/Foto: ContilNet

Informações obtidas pela equipe de reportagem do ContilNet revelam um quadro complexo na vida do caminhoneiro. Florisvaldo estava em tratamento de saúde devido à perda recente de um filho especial. A depressão agravou-se quando o segundo filho, também com necessidades especiais, perdeu um benefício do governo, que auxiliava no sustento da criança. Mesmo utilizando remédios controlados para depressão, o motorista optou por ingerir bebidas alcoólicas na manhã do acidente, que ocorreu no trajeto de Rio Branco ao município de Brasileia, onde realizaria a entrega de uma carga de frangos.

De acordo com informações da polícia, Florisvaldo teria adormecido ao volante, resultando no trágico acidente. A mãe, Natasha, foi encaminhada em estado gravíssimo para o pronto-socorro, mas, devido aos ferimentos severos por todo o corpo, não resistiu e faleceu horas após dar entrada na unidade de saúde. O filho, Isaac, veio a óbito no local do acidente.

Natasha morreu no PS de Rio Branco/Reprodução

O marido atual da vítima, identificado como Julinho, revelou que Natasha estava desempregada. Abalado e agora responsável pela filha do casal, uma menina de 4 anos, Julinho expressou incerteza quanto ao futuro, destacando a dificuldade diante da tragédia que abalou a família. O caso, além de trazer à tona questões legais, também lança luz sobre a importância de abordar e compreender os desafios enfrentados por indivíduos em situações vulneráveis, destacando a necessidade de suporte e prevenção em casos semelhantes.

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