Febre do Oropouche: Acre tem 3ª maior taxa de positividade dos exames para a doença

O Acre está atrás apenas de Rondônia, com 46,5% e Mato Grosso, com 44,04% na taxa de positividade

A febre oropouche é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus com o mesmo nome. Em 2024, o Acre aparece com a  terceira maior taxa de positividade dos exames para a doença, com 66 exames detectáveis e 43,7% de taxa de positividade. 

Os dados são do Ministério da Saúde, pelo Centro de Operações Emergenciais (COE), por meio do Informe Semanal, referente a Semana Epidemiológica (SE) 01 a 12, com dados atualizados nesta terça-feira (27). O Acre está atrás apenas de Rondônia, com 46,5% e Mato Grosso, com 44,04% na taxa de positividade.

Fonte: Ministério da Saúde

Segundo os dados do Ministério da Saúde, foram registrados 174 casos no Acre em todo o ano de 2023. Em 2024, em apenas três meses, foram notificados 68 casos. Em todo o Brasil, o maior número de casos são registrados na faixa etária de 30 a 39 anos, em homens e mulheres.

Seus transmissores na natureza são os mosquitos como Aedes serratus (Pará) e Coquillettidia venezuelensis (Trinidad)/Foto: Reprodução

Em 2023, o Acre registrou 171 exames detectáveis, com taxa de positividade de 40,3%, aparecendo como a maior taxa do Brasil.

“A partir de 2023, a detecção de casos de Febre do Oropouche (FO) nos estados da região amazônica, considerados endêmicos, aumentou em decorrência da descentralização do diagnóstico biomolecular para parte dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) do país. Em 2023, 832 amostras tiveram diagnóstico laboratorial de biologia molecular (RT-qPCR) detectável para o vírus Oropouche (OROV). Em 2024, até a SE-11, 3.173 amostras tiveram resultado detectável para o vírus”, diz trecho do boletim.

O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, em entrevista ao ContilNet em janeiro deste ano afirmou que mesmo com um aumento considerável de 106% de quadros de dengue em relação a 2023, mais da metade dos casos analisados são, na verdade, de febre oropouche, uma doença infecciosa bem presente nas américas e com casos já registrados no Acre.

“60% dos casos de dengue que deram negativo foram enviados para outro sequenciamento de estudos e deram positivo para a febre oropouche, uma doença que já é conhecida há muito tempo, mas que agora está sendo mais estudada. Observamos que os sintomas são bem parecidos com sintomas da dengue, mas que esse pacientes inicialmente não evoluem para um quadro grave. Então, já existe uma mobilização da saúde do Acre de estudos nos estados para que a gente consiga traçar ações”, afirmou o secretário.

Quais são as causas da febre oropouche?

A febre oropouche ocorre em dois ciclos, o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, geralmente, costuma infectar macacos e bichos-preguiça, além de aves silvestres.

Seus transmissores na natureza são os mosquitos como Aedes serratus (Pará) e Coquillettidia venezuelensis (Trinidad).

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