Ministério da Justiça conclui que não houve corrupção de servidores nas fugas de Mossoró

Com diminuição nas buscas, fugitivos podem tentar chegar ao Acre, Estado de origem e onde eles têm influência no mundo do crime

Não houve corrupção de servidores públicos do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), de onde escaparam, no dia 14 de fevereiro, os prisioneiros acreanos Deibson Cabral do Nascimento e Rogério Cabral, e que nunca mais foram encontrados apesar da intensa caçada policial.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento/ Foto: Reprodução

A conclusão é da sindicância instaurada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, cujo resultado foi divulgado nesta quarta-feira (3), em Brasília. No entanto, 10 servidores que estavam de plantão no dia da fuga, inclusive policiais penais federais, terão que ser submetidos a cursos de capacitação e outras medidas, já que a sindicância constatou que a fuga só ocorreu por erros de protocolos de tais servidores.

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Embora não hajam culpados ou responsáveis diretos, o fato é que os fugitivos acreanos, apontados como criminosos perigosos e ligados à facção Comando Vermelho (CV), vêm levando vantagens sobre as forças de segurança, com mais de 600 homens, equipamentos de alta tecnologia e cães farejadores treinados.  Em 50 dias de operações nas áreas de caatinga próximas ao presídio até a divisa dos estados do Ceará com o Rio Grande do Norte, no município de Baraúnas, as forças de segurança não tiveram o menor sucesso.

A frustração foi tamanha que os homens da Força Nacional, num total de 111 pessoas, e do Departamento de Operações Especiais da Polícia Federal, em número não revelado, desistiram das buscas. A expectativa é que os bandidos, com o arrefecimento das buscas, agora possam se movimentar com maior liberdade e tentem chegar ao Acre, Estado de origem dos dois, no qual eles têm grande influência entre  o mundo do crime.

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