Ao contrário de outras universidades, professores da Ufac decidem manter greve

Letícia Mamed, presidente da Adufac, reforça a necessidade do fortalecimento do sindicato e incentiva que mais professores se juntem a ele

Os docentes da Universidade Federal do Acre (Ufac) se reuniram na sede da Associação dos Docentes de Universidade do Acre (Adufac), na manhã desta terça-feira (25), para discutir sobre o possível encerramento da greve na instituição.

A leitura de documentos e primeiros comentários foram feitos pelo professor Gerson Albuquerque, afirmando que é necessário sim debater os orçamentos da Ufac.

Assembleia aconteceu nesta terça-feira (25)/Foto: ContilNet

“Buscamos desnaturalizar esses números, desnaturalizar a falta de recursos, desnaturalizar a ‘choradeira’ de que temos falta de recursos”, diz ele sobre a falta de investimentos em diversas áreas, como a pós-graduação, que, de acordo com ele, não terá investimentos em 2024.

“Ou vamos pra casa felizes com meia vitória e naturalizados que está tudo bem, ou mantemos o combate interno, e nós temos que continuar, não temos mais que tirar pautas, não temos mais que ignorar, isso precariza as nossas condições de trabalho”, pontuou.

A professora da Ufac, Raquel Ishii é uma das lideranças do movimento e afirma que a greve irá continuar.

“Ainda há espaço e mecanismos para darmos sequência, que podemos ver reajuste via PLN para nosso reajuste ainda em 2024, e nós decidimos manter a greve pela nossa pauta local”, salienta ela dizendo que os problemas da Ufac não estão relacionados a existir ou não verba, e sim à administração interna e um direcionamento mais justo dos recursos.

Letícia Mamed, presidente da Adufac, reforça a necessidade do fortalecimento do sindicato, e incentiva que mais professores se juntem a ele, e sindicalizem-se.

Ufac mantém greve desde o mês de abril/Foto: Reprodução

“O fortalecimento do sindicato depende da base. Peço que vocês, professores, nos ajudem com filiações para que possamos estar mais fortes”.

Nacionalmente, foi decidido o fim da greve, entretanto, a Ufac seguirá com a paralisação, desta vez por pautas locais, que não são contempladas pelo movimento nacional. Caso fosse acatada a desmobilização, deveria ocorrer até o próximo dia três de julho.

Nos dias 22 e 23 foram realizadas avaliações das propostas feitas, se seriam aceitas ou não e também a possibilidade da saída do sindicato nacional.

Durante a reunião da Adufac, foi pontuado que mesmo sem as reivindicações atendidas na íntegra, avanços aconteceram e isso é uma vitória do movimento grevista.

A saída coletiva, que vem sendo proposta pelo movimento nacional, só será possível com um prazo estabelecido, para que todas as instituições se preparem e façam isso dentro de suas possibilidades.

Com isso, foi estabelecido um prazo que vai até 3 de julho. Assim, a dissolução do Conselho Nacional de Greve ganhou uma data e deve ocorrer até o dia 27 de junho, para que as instituições comecem a voltar às atividades.

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