Três atletas acreanos representam o Acre nas Paralimpíadas de Paris neste ano, que começa no próximo dia 28 de agosto.
Todos eles são beneficiados pelo programa Bolsa Atleta, concedido pelo Ministério do Esporte, e estão inseridos na mais alta categoria do incentivo, a Bolsa Atleta Pódio.
Do atletismo, o Acre terá o veterano Edson Cavalcante Pinheiro, 45 anos, compete na classe T37 (para atletas com paralisia cerebral) e tem entre suas conquistas ouro nos Jogos Parapan-Americanos em Lima 2019, bronze nos 100m no Mundial de Londres em 2017 e bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016.
Natural de Cruzeiro do Sul, ele teve uma paralisia cerebral logo ao nascer, o que prejudicou os movimentos do braço direito. Seu início no paradesporto foi no tênis de mesa, mas logo depois migrou para o atletismo.
Edson embarcou para Paris na semana passada e já começou o treinamento para a disputa.
“Cada vez mais perto do início dos jogos paralímpicos”, escreveu ele diretamente da cidade de Troyes.
Outra representante do Acre, a mais jovem entre os três, é Débora Oliveira de Lima, de 23 anos. Nascida na capital do estado, a atleta do salto em distância na classe T20 (para atletas com deficiência intelectual) está na modalidade há 11 anos e tem entre suas principais vitórias a prata no salto em distância no Mundial de Kobe 2024, ouro no salto em distância no Grand Prix de Jesolo 2024 e prata na mesma prova no Campeonato Brasileiro de Atletismo 2023.
Ela também embarcou para Paris na semana passada.
“A perseverança também envolve paciência. Entender que grandes conquistas não acontecem da noite para o dia é crucial. Cada pequena vitória ao longo do caminho é um tijolo na construção de algo maior, escreveu no aeroporto”.
A multicampeã e medalhista paralímpica Jerusa Geber, de 42 anos, é a terceira representante do Acre na competição. Ela é atual recordista mundial nos 100m pela classe T11 (para atletas cegos) com o tempo de 11s83. Natural de Rio Branco, Jerusa nasceu totalmente cega e, ao longo da vida, passou por algumas cirurgias que lhe permitiram enxergar um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Ela conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos e nunca mais parou.
Entre as principais conquistas da atleta estão: ouro nos 100m e bronze nos 200m no Mundial de Kobe 2024; ouro nos 100m e 200m e prata no revezamento 4x100m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; e ouro nos 100m e 200m no Mundial de Paris 2023. Em Jogos Paralímpicos, Jerusa tem três medalhas: bronze nos 200m em Tóquio 2020; prata nos 100m e nos 200m em Londres 2012; e bronze nos 100m nos Jogos de Pequim 2008.
Jeruva deve embarcar para Paris nesta semana.