O titular desta santa coluna está “off”, mas as fontes continuam “on” — e por toda parte. E a notícia que não poderia ficar de fora das rodas de conversa política — e nem dos destaques deste espaço — vem lá das bandas do Bujari. Para vencer uma eleição, tem político que fala demais, mas existem tiros que podem sair pela culatra. Pode ser o caso do prefeito e candidato à reeleição Antônio Padeiro (PDT-AC).
No calor da emoção, o prefeito de Bujari deixou escapar que, governos estadual e federal apoiando ou não, quer asfaltar toda a cidade: “No outro [se referindo ao próximo] mandato, a prioridade número um de Aparecida e Padeiro é pavimentar todas as ruas do Bujari e fazer calçada em todas […] E vou fazer! Tanto faz ter dinheiro de Brasília, como ter dinheiro do governo do estado, e como [tanto faz] não ter. Vou economizar o meu dinheiro! Porque a prefeitura tá saneada”.
O problema é que existem, pelo menos, dois pontos que precisam ser levados em consideração: o primeiro deles é que, apesar de fazer pouco caso dos recursos estaduais, Gladson está no palanque do prefeito. E do outro lado, o adversário Michel Marques faz questão de mostrar o contrário: que se preocupa em ter um bom relacionamento com o governo estadual, tendo inclusive três secretários estaduais em seu palanque.
O segundo, Bujari não é um município rico. É necessitado de recursos federais. E Padeiro sabe disso. Será que vale tudo — inclusive desdenhar dos fiadores — para ganhar uma eleição?
FIQUE CALMA! — Por falar em Bujari, a dúvida do momento é o que aconteceu nos bastidores para que a candidata a vice-prefeita Aparecida Rocha gravasse um vídeo soltando os cachorros em Deus e o mundo. Fique calma, vereadora. Agora que estamos indo para o quinto dia de campanha, guarde a emoção.
INDICATIVO — Pelo pouco que os candidatos estão mostrando nesses primeiros dias de campanha, já é possível ter um indicativo dos tamanhos de cada um nessas eleições; me refiro a todo o Acre.
BAIXAS — O último que sair, apague a luz: a vice-governadora Mailza teve consecutivas baixas na sua equipe, com um destaque para o time de comunicação: a excelente Paula Amanda está agora com o deputado estadual Nicolau Júnior — que, convenhamos, chora o mesmo leite derramado de Mailza na área de comunicação. Depois disso, mais três profissionais da comunicação anunciaram saída: uma social media, um videomaker e um fotógrafo. Todos muito bons no que fazem.
JEAN E ZILMAR — Quem também deixou o gabinete foi Jean Almeida. Ele é esposo de Zilmar Rocha, ex-secretária de Assistência Social e Direitos Humanos. Jean e Zilmar foram dois dos poucos que seguraram as mãos de Mailza em 2022, quando sofria uma nada fácil perseguição política.
TERCEIRIZAR — Fontes desta santa coluna afirmam que a comunicação da vice-governadora pode ser terceirizada, tal qual fizeram com a energia elétrica e estão cheios de (sic) arrêto para fazer com o sistema de água e esgoto. A saber se isso é uma boa ideia, visto que se terceirizar comunicação fosse bom, a de Gladson — o melhor nisso, sem sombra de dúvidas — assim seria.
APLAUDIDO — Fatos políticos à parte, o candidato à reeleição Tião Bocalom foi aplaudido enquanto entrava nas instalações provisórias do Mercado Elias Mansour para agenda no fim de semana.
ALTO PODER — Todos os candidatos a prefeito da capital tem mostrado alto poder de mobilização. A saber se assim será até o fim da campanha.
QUEIMOU LARGADA — Já no campo dos proporcionais, muitos candidatos a vereador terão um desafio gigante: o de justamente manter o alto poder de mobilização durante toda campanha. Quem começou grande e não conseguir sustentar, queimou largada e vai prejudicar a campanha.
CONTAS — Mirla Miranda ainda será deputada federal. Mas não se sabe quando. No gabinete da deputada federal Meire Serafim, contas foram feitas e uma descoberta que gerou um recálculo de rota: se Meire se afastasse pelo período de 120 dias, ficaria de fora da votação do Orçamento 2025. Uma data, digamos que… estratégica.
OBJEÇÃO — “O poder público tem condições de manter serviços essenciais e ajudar os mais pobres”. A frase é de Tião Bocalom, de direita, conservador, defensor de uma economia liberal, do livre mercado e ao mesmo tempo pensa no pobre mais do que muitos que se dizem humanistas. É de quebrar objeção de qualquer um.
Até a próxima! O bate-rebate volta depois das eleições. (Colaboraram nesta edição jornalistas de ContilNet e O Palaciano)