Convenções não colocam fim em disputas no Acre – do contrário: evidenciam rachas

Confira tudo sobre o cenário político acreano na coluna do jornalista Ton Lindoso

Quem achou que as convenções partidárias — encerradas nos primeiros dias de agosto — colocariam um fim nas disputas partidárias e apresentariam à população um cenário 100% real, deu com os burrinhos n’água. E pelo menos três casos no Acre são exemplo disso.

A começar pela situação mais embaraçosa: Mâncio Lima. Chicão da Distribuidora (MDB-AC) anunciou como vice Armando de Lima (PSDB-AC). Tudo estaria perfeito se não fosse a candidatura de Marazona (Cidadania-AC), por um partido que forma uma federação com o ninho tucano. A novela ganhou novo capítulo no início dessa semana, quando a Justiça Eleitoral emitiu parecer legitimando a candidatura de Armando como vice de Chicão.

Em Manoel Urbano, a convenção de Izaute Vaz (UNIÃO-AC) foi mobilizada horas antes; dentro do partido, grupos enfrentavam disputa interna, com o senador Alan Rick demonstrando preferência por Macarrão (Republicanos-AC). Que, aliás, não é o favorito. O assunto ainda é discutido internamente.

E terceiro, mas não menos importante, em vários lugares do Acre, a federação composta pelos partidos de esquerda (PT, PV e PCdoB) não falam a mesma língua em vários lugares do Acre. Em Bujari, por exemplo, o PT está com o candidato Michel Marques, enquanto o PCdoB está com Antônio Padeiro. Cruzeiro do Sul é outro exemplo. Mas isso não é uma particularidade da federação; o próprio PP enfrenta rachas em regiões como Brasiléia. A pergunta que não quer calar é: como isso se refletirá nas urnas?

PRAGA — Um áudio enviado a esta santa coluna mostra a repercussão do vídeo da edição passada, onde o prefeito Padeiro disse que, ganhando eleição, asfalta todas as ruas de Bujari com ou sem o governo estadual. Detalhe: o governo o apoia. No áudio, este humilde colunista recebeu o apelido carinhoso de… praga. Confira a bela, educada e gentil transcrição desse material.

AH, CÃO! — “Não, menina, eu vou pegar a [nome censurado pela reportagem]. Esse (sic) videozinho aí, se lembra que foi você que fez, que você tava atrás de mim, do meu lado, se lembra? Foi você, bonitinha, que fez e postou no grupo aí de vocês. Aí a praga do jornalista, publicou essa desgr*ça aí. Ah, cão!”.

PAZ E AMOR — Que campanha linda! A campanha do Padeirinho está exalando paz e amor.

TADEU BRAGA — A aproximação da Assembleia de Deus à reeleição de Bocalom já era esperada — pelo menos para esta santa coluna. É que dentro da coordenação de campanha, quem empresta sua expertise para agregar apoio do setor evangélico é o inteligente e preparado pastor Tadeu Braga. Além da experiência como gestor público, ele faz parte do seleto conselho político da igreja.

PEGOU VENTO — Em Manoel Urbano, a campanha de Izaute Vaz pegou tanto vento que ameaça arrastar até aliados e parentes do prefeito Toscano, que é candidato à reeleição. Izaute é favorito nas pesquisas.

NÃO ADIANTA — Tem político comendo poeira nestas eleições, que todo mundo sabe que define 2026. Depois, não adianta bancar a vítima.

QUAL SERÁ? — Na Câmara da capital, a sessão nesta quarta-feira (21) foi encerrada por… falta de quórum. Qual será a prioridade desses parlamentares?

MAIOR DENSIDADE — Elzinha Mendonça, Gabriela Câmara e Degmar Kinpara são as candidatas mulheres com maior densidade de gente nas ruas, mostrando a cara da campanha e pedindo voto.

MOACIR E JOÃO PAULO — No campo dos homens, duas surpresas: João Paulo, da Fundhacre, e o empresário Moacir Júnior. Que, aliás, estão com equipes redondas.

FELIPE TCHÊ – Carismático e um jurista com muita capacidade técnica, Felipe Tchê é um nome que desponta positivamente no cenário atual e tem grandes chances de conquistar uma cadeira na Câmara Municipal. Vem de berço a força para conquistar voto e ser uma voz potente na próxima legislatura, afinal, é filho do deputado Tchê. Aprendeu bem!

FELICIDADES, RUTEM! — Quando eu comecei minha missão como jornalista, o Rutembergue Crispim cuidava da comunicação da Aleac. Eu era um adolescente humilde, sem qualquer relacionamento e muito assustado com a complexidade que é cobrir política. E uma das primeiras — e poucas — pessoas a me estender a mão foi o grande Rutem, me ajudando e muito no meu trabalho, principalmente tornando tudo mais leve com sua educação e competência. Um dia especial como esse, onde esse cara tão especial faz mais um ano de vida, não poderia passar sem registro. Felicidades, Rutem!

Até a próxima! O bate-rebate volta depois das eleições. (Colaboraram nesta edição jornalistas de ContilNet e O Palaciano)

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