Neuralink, de Elon Musk, implanta chip cerebral em segundo paciente

Cirurgia foi um sucesso, segundo o empresário, que não forneceu mais detalhes sobre o procedimento

A Neuralink, startup de implante de chips cerebrais de Elon Musk, implantou com sucesso seu dispositivo em um segundo paciente, informou o bilionário em um podcast apresentado pelo cientista da computação Lex Fridman. “Não quero zicar, mas parece que foi extremamente bem o segundo implante”, disse Musk.

O empresário, no entanto, forneceu poucos detalhes sobre a cirurgia, que teve de ser adiada depois que o paciente originalmente programado para o segundo procedimento teve que se retirar do programa em junho devido a uma condição médica não especificada.

Chip de Elon Musk promete conexão com dispositivos eletrônicos pelo pensamento — Foto: Reprodução / Youtube Neuralink

O primeiro paciente, Noland Arbaugh, tetraplégico, teve o dispositivo da Neuralink implantado no início deste ano. Ele tem falado frequentemente sobre as melhorias que isso trouxe para sua vida, por exemplo, dando-lhe a capacidade de jogar videogames.

A Neuralink espera operar um total de 10 pacientes este ano, acrescentou Musk no podcast.

Além disso, durante o podcast, a empresa disse que avançou nos esforços para restaurar a função dos membros em pessoas com paralisia. Isso aborda uma capacidade diferente da que seu dispositivo faz atualmente, que é permitir que um paciente mova um cursor apenas pensando nisso.

Noland Arbaugh, primeira pessoa a implantar chip da Neuralink — Foto: Bloomberg

Noland Arbaugh, primeira pessoa a implantar chip da Neuralink — Foto: Bloomberg

– Na verdade, fizemos um grande progresso costurando eletrodos na medula espinhal como uma solução potencial para uma lesão na medula espinhal – disse Matthew MacDougall, o cirurgião-chefe da empresa, no podcast.

Um implante cerebral interagiria com um implante na coluna para criar contrações musculares em braços e pernas previamente paralisados, e a Neuralink já demonstrou isso “de maneira rudimentar” em animais anestesiados, disse ele.

Durante o procedimento, esses animais estão “movendo suas pernas em um padrão de caminhada”, ressaltou MacDougall, observando que era um trabalho preliminar.

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