Jovem indígena do Acre participa de delegação que vai para maior conferência do clima no planeta

Samuel Arara é um jovem indígena de 23 anos, da terra indígena Arara - igarapé Humaitá no município de Porto Walter

O ativista acreano indígena, ambientalista e comunicador, Samuel Arara, de 23 anos da terra indígena Arara – igarapé Humaitá no município de  Porto Walter foi selecionado para integrar a delegação do coletivo  na Conferência das Partes da ONU (a COP 29), que este ano ocorrerá em novembro, no Azerbaijão. 

Samuel Arara tem 23 anos/Foto: Isaka Huni Kuî

“Minha presença na COP 29 é mais do que uma necessidade, é um chamado urgente. A crise climática que vivemos não é algo distante, é real, é agora, e está queimando nossa casa enquanto o mundo assiste”, afirma Samuel.

A delegação é composta por 22 jovens, de 18 a 30 anos, provenientes das cinco regiões do Brasil. Formada por 11 mulheres, 9 homens e 2 pessoas não-binárias, representando juventudes negras, indígenas, pessoas com deficiência (PcD) e LGBTQIAP+. 

“Não podemos permitir que nossa voz seja silenciada por interesses econômicos que tratam a Amazônia como um recurso a ser explorado e não como um ecossistema a ser preservado”, reforça o entrevistado.

Sobre a COP 29

A COP 29 é um espaço essencial para as negociações globais sobre o futuro das políticas climáticas. 

“Estar lá é exigir compromissos reais, ouvir e respeitar os saberes dos povos indígenas e comunidades tradicionais e combater as falsas soluções que apenas perpetuam a destruição. A COP29 deve ser um espaço onde nossas vozes ecoem e onde o mundo finalmente entenda que sem a Amazônia viva, não há futuro para a humanidade”, garante o ativista.

O Engajamundo é uma organização apartidária, que atua com seriedade e já foi reconhecida ao longo da trajetória de mais de 11 anos. A organização sem fins lucrativos está com uma campanha de financiamento coletivo para ajudar com os custos na Conferência.

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