Baixaria, politicagem e polarização tornam eleição da presidência da OAB/AC “idiotizada”

Por enquanto, essa é a campanha mais superficial, vazia de propostas, à presidência dessa ordem

A nova eleição para presidência da OAB/AC está longe de uma discussão de ideias de uma ordem — que, por enquanto, não faz jus ao nome. Virou o vermelho contra o azul, polarizou. Ninguém discute mais propostas em torno da categoria tão importante. Partiram para os ataques e defesas.

Rodrigo Aiache, de um lado, passa todo o seu tempo acusando a chapa adversária de ser a chapa da máquina, denuncia virtuais pressões e lembra Marcus Alexandre — dado como favorito, mas num contexto frágil. Já Marina Belandi passa maior parte do seu tempo tentando de defender das acusações e, impregnada na cor azul, tenta mostrar nas redes sociais que sua campanha tem corpo.

Sede da OAB/Foto: Ascom

Por enquanto, essa é a campanha mais superficial, vazia de propostas, à presidência dessa ordem.

CRESCEU — Uma pesquisa de consumo interno apontou o que todo mundo já sabe: o nome do prefeito Tião Bocalom cresceu — e muito — para o jogo do governo. Dos demais, zero novidade.

MAIS EMBAIXO — Os elogios que Mailza Assis arrancou na imprensa ainda não tiveram nenhum efeito prático na sua popularidade. Na verdade, o buraco é mais embaixo.

ÓTIMA MOTIVAÇÃO — Há quem jure de pés juntos que o secretário Danadinho (Casa Civil) tem uma ótima motivação para intervir nas eleições para OAB, tanto na estadual como regional do Juruá. Não duvido de nada do que ouvi.

NÃO SE BEIJAM — Aliás, não seria muito bom convida-lo para um banho de Igarapé Preto junto do seu ex-casca de bala, Vagner Sales. Os dois bicudos não se beijam mais.

SEMPRE FOI — O movimento de um outsider ocupar, quem sabe, o lugar de Bolsonaro na direita aconteceria mais cedo ou mais tarde. E o governador Caiado, para quem acompanha política nacional, sempre foi um dos candidatos ao posto. Junto dele, Tarcísio, Zema, e até quem sabe um Nikolas podem ser opção, caso o ex-presidente permaneça inelegível.

VIROU ALVO — Aliás, algo que ficou escancarado nessa eleição foi que Bolsonaro virou um alvo. Em muitos momentos, aliás. Qual será o motivo, causa, razão?

ESSE É O MDB — O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes, quer o MDB fora do projeto Lula. E o MDB já foi, de fato, desse projeto? O MDB gosta do poder, não do Lula ou do PT. Aliás, foi o partido que orquestrou o impeachment de Dilma. O MDB não muda, só se revela de vez em quando.

PERDIDO — No Acre, o glorioso está perdido. Igual cego em tiroteio. Uma ala também defende afastamento do PT, outra defende oposição ao governo estadual, outra defende proximidade. O que será que o futuro reserva para os cabeças brancas?

DILEMAS — O deputado Gerlen Diniz, que a partir do ano que vem será prefeito, não costumava destinar emendas ao município de Sena; destinava via Estado. Meire, esposa de Mazinho, bamburrava o município de emendas que seu grupo não mais irá gerir a partir do próximo ano. Dilemas políticos da região do Iaco.

BATE-REBATE

– Assim como tem fila para se arvorar do responsável pela vitória de Bocalom em Rio Branco, cresce a fila para quem é o dono do sucesso de Zequinha (…)

– (…) O caso no Juruá é tão mais delicado que ninguém procura o próprio Zequinha para discutir 2026 (…)

– (…) Procuram terceiros! (…)

– (…) É mole?

– Quem mais ajudou nessa eleição é quem menos esperneia.

– O caso da mulher abusada (deprimente, aliás) é um de muitos (…)

– (…) Mas, por conta da repercussão, é acompanhado por deputados, judiciário, executivo e por aí vai (…)

– (…) Porque as coisas precisam ser assim?

– Há quem jure de pés juntos que as principais prefeituras do Acre deverão passar por trocas de comando nas principais pastas (…)

– (…) Será?

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