A ativista ambiental e defensora dos direitos humanos Iracema Correia dos Santos, conhecida como Dona Iracema, foi assassinada a tiros na noite de quinta-feira, em Pinhão, na região central do Paraná. A liderança da população tradicional Faxinalense e ativista contra a grilagem de terras, de 64 anos, foi morta na frente da casa onde morava, na área rural da cidade.
O caso é investigado pela Polícia Civil, que trabalha com a hipótese de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. A corporação aponta que R$ 30 mil, fruto de uma venda de erva-mate feita pela vítima, sumiram da residência de Iracema.
Em nota, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ressaltou que o cruel assassinato é “um atentado também contra a tradicionalidade dos Povos Faxinalenses e contra a própria natureza”. Dentre as principais características destas comunidades, localizadas no centro-sul do Paraná, está o manejo comunitário da terra.
“Solicitamos às autoridades policiais todo o empenho possível nas investigações e que os responsáveis por esse crime sejam efetivamente levados à Justiça”, pede o instituto.
A Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) manifestou pesar pela morte da defensora dos direitos humanos e afirmou que abriu procedimento para acompanhar as investigações da Polícia Civil.