De seringal à capital: Rio Branco completa 142 anos de história e emancipação política; conheça história

Rio Branco, a capital acreana, celebra 142 anos de história e progresso, com marcos importantes como o Palácio Rio Branco e a passarela metálica

28 de dezembro de 2024 é comemorado os 142 anos de fundação da capital acreana Rio Branco. A cidade, que surgiu do Seringal Volta da Empreza, atualmente com 364.756 habitantes, segundo o Censo 2022, concentra a maior parte da população do Estado e se destaca como a capital mais ocidental do Brasil.

Palácio Rio Branco, sede do governo do Acre, com sua arquitetura única que mistura elementos clássicos e art déco, um marco histórico da capital acreana/Foto: Reprodução

Embora seja uma capital considerada jovem em relação a outras capitais do país, Rio Branco foi fundada às margens do Rio Acre, pelo cearense Neutel Maia. Segundo a história, a árvore gameleira chamou atenção de Neutel Maia, que decidiu fundar um seringal próximo à árvore, no que hoje conhecemos como Segundo Distrito. Em seguida, abriu outro seringal, chamado Seringal Empreza, onde é o Primeiro Distrito.

Passarela e ponte metálica de Rio Branco, símbolos de infraestrutura e conectividade da cidade, refletindo o crescimento e desenvolvimento da capital/Foto: Reprodução

O Seringal Volta da Empreza começou se tornar uma cidade a partir de 1904, com a anexação definitiva do Acre ao Brasil. Na época, foi elevada à categoria de Villa Rio Branco, agora com este nome em homenagem a José Paranhos, o Barão do Rio Branco, então chefe da diplomacia brasileira e principal articulador do tratado de Petrópolis, que pôs fim na disputa pelo território acreano entre brasileiros e bolivianos.

Rua 17 de Novembro, no Segundo Distrito de Rio Branco/Foto: Reprodução

Com o novo nome, tornou-se sede do departamento do Alto Acre. Em 1909, Rio Branco passou a ser denominada Penápolis, em homenagem ao então presidente da República Afonso Pena, mas o nome não vingou porque, em 1912, voltou a ser rebatizada como Villa Rio Branco. Já em 1913, Rio Branco é elevado à categoria de município. Em 1920, passa a ser capital do território do Acre e, em 1962, capital do Estado, com direito inclusive a eleger seu prefeito pelo voto direto.

Balsas de borracha descem o rio Acre, próximas da Gameleira/Foto: Arquivo/Museu da Borracha

Atualmente, Rio Branco é a maior cidade e a mais populosa do Acre, sendo o principal centro financeiro, corporativo, político e cultural do estado. Sua área territorial é de 8 834,942 km², sendo o quinto município do estado em tamanho territorial. A capital acreana ganhou o primeiro prédio de alvenaria em 1927, com Hugo Carneiro, que construiu o Mercado Velho, nas margens do Rio Acre, mas o que ficou, de fato, mais conhecido, foi o Palácio Rio Branco.

O projeto para construção do novo palácio feito pelo arquiteto Massler, contratado especialmente para este fim/Foto: Arquivo

Palácio Rio Branco

O Palácio Rio Branco, sede do governo do Acre, localizado em Rio Branco foi construído em 1930. O grande prédio branco no Centro da capital chama atenção por sua arquitetura diferente das demais. O edifício faz uma releitura dos elementos clássicos, mesclando com os do movimento moderno do art déco.
No final da década de 20, o político paraense Hugo Carneiro foi indicado para exercer o cargo de governador do Acre e Rio Branco tinha uma estética diferente da atual. Um dos responsáveis pela mudança foi Carneiro.

O Governo do Estado do Acre é um dos primeiros a adotar a nova lei/Foto: Reprodução

Uma dessas mudanças aconteceu no segundo aniversário de governo de Hugo Carneiro, quando em 15 de junho de 1929, lançou-se a pedra fundamental do Palácio Rio Branco. Inaugurado ainda inacabado em 1930, o edifício foi concluído totalmente no governo Guiomard Santos.

Atualmente, o Palácio Rio Branco funciona como sede do governo do Acre, com gabinetes no segundo piso. Já no primeiro piso, funciona um Museu com história do Ciclo da Borracha, Povos da Floresta e Chico Mendes, além de detalhes da história do Palácio.

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