Família assassinada em Paty é sepultada; ‘Muito difícil saber que você não está entre nós’, diz prima

Em post numa rede social, uma prima de Cosuelo diz que vai sentir muitas saudades dela e das conversas. “Muito difícil saber que você não está mais entre nós”, lamenta.

A violência dos assassinatos do casal e da criança chocou os cerca de 29,6 mil moradores de Paty de Alferes. O município não está entre os mais violentos do Estado do Rio de Janeiro. Pelo contrário. O último assassinato ocorrido em Paty de Alferes havia sido registrado em julho. Antes do triplo homicídio, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), a cidade contabilizava apenas cinco assassinatos, desde o início de janeiro.

Com o crime deste sábado, o município tem em 2024, oito assassinatos contabilizados. Nos últimos quase cinco anos (entre janeiro de 2019 e novembro de 2024), o maior número de homicídios ocorridos em um ano era de sete mortes, todas registradas em 2020. Já de 2003 até este sábado, foram registrados 42 assassinatos na cidade. Significa dizer que, em média, houve um homicídio a cada seis meses no período citado acima.

O crime deste sábado aconteceu próximo a um posto de combustível, em Arcozelo, e é investigado pela 96ª DP (Miguel Pereira) com o apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Uma quarta vítima foi identificada. Gilmar de Mello Fontes, de 62 anos, avô da criança, também estava no local. Ele sobreviveu ao ataque, foi atendido e liberado.

Segundo a PM, os corpos foram encontrados depois que bandidos em dois carros passaram atirando pelo local. Morreram Giliarde Costa Fontes, de 36 anos, Cosuelo Teixeira Vieira, de 40, e o filho deles, Diego Vieira Fontes, de 4. Um alerta foi dado e os veículos foram interceptados pela Polícia Rodoviária Federal na Rodovia Presidente Dutra, altura da divisa de São João de Meriti com Belford Roxo. Ao menos 10 homens teriam desembarcado dos carros e atirado contra os policiais, o que gerou uma intensa troca de tiros.

Um dos suspeitos, identificado como Pedro Vitor Lemos Azambuja, foi preso na ação. Os demais envolvidos conseguiram escapar. Foram apreendidos três fuzis, uma pistola, mais de dez carregadores, centenas de munições, rádios transmissores, telefones celulares, uma faca e acessórios táticos, como uma máscara realista.