O Papa Francisco apareceu com um hematoma roxo no queixo na manhã deste sábado (7), durante a cerimônia que nomeou 21 novos cardeais, incluindo o brasileiro Dom Jaime Spengler, atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo metropolitano de Porto Alegre.
O pontífice bateu o queixo em uma mesa de cabeceira na manhã de sexta-feira (6), de acordo com um porta-voz do Vaticano, informaram as agências Reuters e Associated Press.
Brasileiro nomeado
Jaime Spengler tem 64 anos. Isso significa que ele poderá entrar em um eventual conclave para escolher o próximo papa. A regra da Igreja Católica estabelece que cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto.
A igreja de Jaime será a San Gregorio Magno, em Roma, anunciou o Vaticano.
Com a nomeação, o número de cardeais com menos de 80 anos – e, portanto, aptos a votar – chegará a 122, ultrapassando o limite técnico de 120 estabelecido pela lei da Igreja Católica, algo que tem sido comum nos últimos papados.
No entanto, dois desses cardeais atingirão a idade limite ainda este ano, e outros 13 ultrapassarão o limite até o fim de 2025.
Fora o brasileiro, Francisco também anunciou nomes de países como Peru, Argentina, Equador, Chile, Japão, Filipinas, Sérvia, Costa do Marfim e Argélia.
Jaime se soma a outros sete cardeais brasileiros, nomeados em outros anos.
Spengler nasceu em Gaspar (SC) no ano de 1960. O religioso ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1982 e cursou filosofia e teologia no Brasil e em Jerusalém, em Israel.
No ano de 1990, ainda em Gaspar, Jaime foi ordenado padre. Posteriormente, fez doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Em 2010, o padre foi nomeado como bispo auxiliar pelo Papa Bento XVI, sendo ordenado em 2011, também em Gaspar.
Dom Jaime Spengler assumiu a arquidiocese de Porto Alegre em setembro de 2013, sendo nomeado pelo Papa Francisco após da renúncia de Dom Dadeus Grings, arcebispo emérito da capital gaúcha desde então.
Jaime foi eleito 1º vice-presidente da CNBB em 2019.
Veja a lista dos futuros cardeais:
Angelo Acerbi, Núncio Apostólico
Carlos Gustavo Castillo Mattasoglio, arcebispo de Lima (Peru)
Vicente Bokalic Iglic, arcebispo de Santiago del Estero (Argentina)
Luis Gerardo Cabrera Herrera, arcebispo de Guayaquil (Equador)
Fernando Natalio Chomalí Garib, arcebispo de Santiago do Chile (Chile)
Tarcisius Isao Kikuchi, arcebispo de Tóquio (Japão)
Pablo Virgilio Siongco David, bispo de Kalookan (Filipinas)
Ladislav Nemet, arcebispo de Belgrado (Sérvia)
Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (Brasil)
Ignace Bessi Dogbo, arcebispo de Abidjan (Costa do Marfim)
Jean-Paul Vesco, arcebispo de Argel (Argélia)
Dominique Joseph Mathieu, arcebispo de Teerã-Isfahan dos Latinos (Irã)
Roberto Repole, arcebispo de Turim (Itália)
Baldassare Reina, bispo auxiliar de Roma, ex-vice-gerente e, atualmente, Vigário Geral da Diocese de Roma
Frank Leo, arcebispo de Toronto (Canadá)
Rolandas Makrickas, arcebispo titular de Tolentino, arcipreste coadjutor da Basílica Papal de Santa Maria Maior
Mykola Bychok, bispo dos Santos Pedro e Paulo de Melbourne dos Ucranianos (Austrália)
Timothy Peter Joseph Radcliffe, teólogo
Fabio Baggio, arcebispo titular eleito de Urusi, subsecretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
George Jacob Koovakad, arcebispo titular de Nisibi dos Caldeus, coordenador das Viagens Apostólicas
Domenico Battaglia, arcebispo de Nápoles (Itália)