O tubarão-da-Groenlândia, conhecido como um dos animais mais velhos do mundo, está sempre ensinando coisas novas aos pesquisadores. Na última semana, um novo estudo, realizado por uma equipe de cientistas, conseguiu sequenciar o genoma dessa criatura.
Esse animal habita as águas geladas do Atlântico Norte e do Ártico, este predador noturno esconde um detalhe curioso que é muito estudo: uma expectativa de vida que pode ultrapassar 500 anos.
Com isso, o tubarão-da-Groenlândia não é apenas o vertebrado mais longevo da Terra, mas também um modelo de resistência biológica e regeneração celular.
Segundo um estudo publicado recentemente, pesquisadores identificaram que o genoma do tubarão-da-Groenlândia é duas vezes maior que o de um ser humano, com mais de 70% de seu DNA composto por jumping genes.
Este fenômeno pode ser a chave para entender o motivo pelo qual esses tubarões sobrevivem por tantos séculos, adaptando-se de maneira única às condições extremas do fundo marinho. Os resultados sugerem que esses genes saltadores ajudam a reparar o DNA danificado, processo crucial para aumentar a longevidade e prevenir doenças, como o câncer.
Porque o tubarão-da-Groenlândia vive tanto?
Essa descoberta pode ter repercussões significativas para a biomedicina, especialmente no tempo de vida do ser humano.
A descoberta de que a multiplicação de genes responsáveis pela reparação do DNA é um fator-chave na longevidade do tubarão abre novas possibilidades para estudos que visam prolongar a vida humana.
O tubarão-da-Groenlândia cresce a um ritmo incrivelmente lento, menos de 1 centímetro por ano e não atinge a maturidade sexual antes dos 100 anos.
Esses tubarões podem atingir até 6 metros de comprimento e viver até 500 anos, o que os torna uma verdadeira anomalia biológica.
Implicações do tubarão que vive 500 anos para a medicina humana
A regeneração celular e a reparação do DNA são temas recorrentes em pesquisas sobre envelhecimento e doenças relacionadas à idade.
Ao entender como o tubarão consegue evitar os danos genéticos que afetam outras espécies, os cientistas podem encontrar maneiras de aplicar essas descobertas em humanos.