‘Precisamos conversar’, diz Mailza sobre cenário com Alan e Bocalom na disputa pelo Governo

Em entrevista concedida ao podcast do ContilNet, o Em Cena, a vice-governadora falou sobre o assunto e disse que sua candidatura é natural

A frente ampla construída pela direita nas eleições de 2024 enfrenta um grande desafio: definir um nome que vai representar o grupo na disputa pelo governo em 2026. Até o momento, a vice-governadora Mailza Assis e o senador Alan Rick já colocaram seus nomes à disposição. Nos bastidores, também se discute a candidatura do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que já disse ao ContilNet que “não foge da raia”, se essa for a missão.

Em entrevista concedida ao podcast do ContilNet, o Em Cena, nesta segunda-feira (7), a vice-governadora falou sobre o assunto e disse que sua candidatura é natural.

Mailza, Alan Rick e Bocalom/Foto: Reprodução

“A coisa mais natural [a candidatura ao governo]. Esse é o caminho. Não tem como fugir disso. Na política, quem no meu lugar diria ‘não sou candidata’, ‘não quero’, ‘não posso’?! É uma missão, um compromisso que preciso honrar diante da população e no posicionamento que estou. Estou vice-governadora junto com o governador, que se afasta para ter um mandato de senador. Na política, você procura não ficar sem mandato para continuar seu trabalho. Isso é natural”, afirmou.

Mailza diz que “não será candidata a qualquer custo e de qualquer jeito”.

“É natural que ele [Gladson] se afaste e vá buscar o mandato dele de senador, que é praticamente certo. Eu sou vice-governadora e assumo o lugar dele. Então, é super natural que eu seja candidata. Não estou dizendo aqui que sou candidata a qualquer custo e de qualquer jeito”, destacou.

“Preciso de um grupo, de uma avaliação popular, de partidos, de trabalho. Não sou candidata atropelando ninguém, tirando direito de alguém, tomando a vaga de alguém. Sou candidata porque estou no direito de ser. Esse é o cargo que eu posso disputar […]. Todo mundo tem o direito de se colocar e disputar, mas o direito é meu […]”, continuou.

A vice-governadora falou sobre a possível disputa com Alan Rick e Bocalom.

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

“Nada contra nenhum dos nomes. O senador Alan tem o seu mandato e tem esse direito, mas ele está no meio do mandato e tem o mandato de 8 anos para cumprir. Ele está abrindo mão de parte do mandato dele para concorrer ao governo. Eu estou seguindo o caminho, não estou quebrando acordos, não estou atravessando. Não estou nessa situação. Mas isso é possível e não tem problemas nisso”, disse.

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“O prefeito Bocalom: fui, praticamente, responsável pela candidatura dele em 2020. Agora, se junta ao governo, fizemos uma forte corrente, apoiei ele com toda liberdade e não fiz questão de atrapalhar o processo por nenhuma situação. Da mesma forma, ele tem mais 4 anos para governar o município, e ele já disse que leva seu mandato até o final. Mas, é claro, política é muito dinâmica e as pessoas podem mudar”, salientou.

Ao final, Mailza diz que os três não precisam brigar e defende que haja uma conversa para definir um nome na disputa.

“Nós três não precisamos brigar. Nós três não divergimos naquilo que procuramos ter, que são as conquistas. Tanto nos mandatos, que é termos nossos partidos organizados, quanto de tomarmos rumo diferente ou seguir um caminho sozinho. Tudo isso é muito diálogo, compreensão. Não tenho problemas com nenhum dos dois, nem com o Alan e nem com o Bocalom. Para mim, a gente precisa sentar, conversar e compartilhar esse poder que está entre nós três e com o governador e tantos outros. Pode haver um compartilhamento de poder nesse projeto que iniciamos juntos. Somos de um mesmo projeto, do mesmo plano. Isso precisa ser resolvido aqui, e acho que não é impossível. Há espaço para todo mundo”, finalizou.

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