Após enfrentar a maior seca dos últimos 53 anos, em 2024, quando o Rio Acre atingiu o nível recorde de 1,23 metro em setembro, a capital acreana, Rio Branco se prepara para mais um período de estiagem que se aproxima neste ano de 2025.
Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, os estudos preliminares indicam que a seca deste ano possa ser semelhante ou até menos severa que a anterior.
Apesar da previsão inicial, falcão alertou que os impactos da estiagem ainda serão significativos na capital acreana.
“Mesmo que a estiagem de 2025 seja igual ou menor que a de 2024, os efeitos serão graves, pois estamos lidando com um rio que já não retém mais água como antes”, afirmou Falcão em entrevista ao ContilNet.
Ele destacou que, apesar de um abril mais chuvoso, o Rio Acre apresenta um escoamento acentuado, e as chuvas registradas em maio foram escassas.
O tenente-coronel também alertou para as mudanças climáticas observadas na região, com manhãs frias e tardes extremamente quentes, características de um clima desértico.
“Esses indicativos nos mostram que, a partir de junho, teremos um decréscimo ainda maior no nível do rio e mais dificuldades relacionadas à seca”, ressaltou.
Em 2024, a seca afetou mais de 387 mil pessoas em Rio Branco, comprometendo o abastecimento de água e a qualidade do ar, que atingiu níveis considerados perigosos. O governo estadual decretou emergência ambiental em todos os 22 municípios do Acre e implementou medidas como o envio de caminhões-pipa para as áreas mais críticas e a intensificação da fiscalização contra queimadas e desmatamento ilegal.
Com a previsão de uma nova estiagem severa, a Defesa Civil de Rio Branco já está em alerta e planeja ações para mitigar os impactos.
“Estamos nos preparando para enfrentar mais um período crítico, com foco na proteção da população e na preservação dos recursos hídricos”, destacou Cláudio Falcão.