Acre tem 14 casos de leptospirose confirmados e mais de 300 seguem em investigação, diz Sesacre

A doença que tem origem bacteriana se espalha pela urina de animais infectados, que é espalhada pela água das enchentes, atenção na higienização é necessária

O período de pós alagação já vem trazendo novos problemas ao municípios do Acre, como a leptospirose, doença que tem como vetor a urina de animais, principalmente ratos. Devido a isso, o governo do estado, através da Secretaria de Saúde (Sesacre), alerta a população acerca dos riscos. A origem da doença infecciosa é bacteriana e pode infectar através da exposição direta ou indireta.

A médica veterinária Júlia Galdino, que está a frente da área técnica do núcleo de zoonoses que lida com a leptospirose na Sesacre afirma que já existem casos confirmados e que outros seguem em investigação.

Mais de 300 casos estão em investigação/Foto: Reprodução

De acordo com Galdino, apenas neste início de 2024 já houveram 14 casos confirmados da doença, sendo três na capital, três em Senador Guiomard, seis em Cruzeiro do Sul e um em Brasiléia. 

“Outros 304 estão em investigação em seis municípios que, inclusive, foram afetados pelas cheias. Por isso, a gente orienta a população a tomar todos os cuidados pra evitar qualquer contato com água possivelmente contaminada minimizando assim os risco de contrair a doença”, explica a médica veterinária.

Em caso de contato com água possivelmente infectada, é necessário realizar higienização adequada e atenção aos sintomas/ Foto: Vitor Paiva

Os principais sintomas causados pela doenças são parecidos com as viroses mais corriqueiras, como febre alta, dores de cabeça e nos olhos, podendo também apresentar dores nas panturrilhas e icterícia, que é a pele amarelada. 

Caso os sintomas apareçam, a Sesacre recomenda que a população vá para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Referência em Atenção Primária (Urap). Em caso de sintomas mais graves, o indicado é que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) sejam procuradas.

Para se prevenir, o ideal é retirar o mais rápido possível os calçados e roupas que entraram em contato, assim como higienizar as áreas do corpo afetadas. Em caso de trabalhadores que se coloquem expostos durante o exercício da profissão o isolamento das áreas através de sacos plásticos ou roupas que ajudem no isolamento é recomendado.

Para a limpeza dos materiais e locais, inclusive aqueles que passaram por inundação, é indicado o uso de água sanitária em uma proporção de 1 litro para cada mil litros de água.

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