A chama olímpica precisou de um plano b para ser acesa nesta terça-feira (16/4). Isso ocorreu porque nuvens impediram que a chama fosse gerada a partir dos raios do sol com a ajuda de um espelho parabólico. Por isso, foi necessário usar o fogo produzido no ensaio da cerimônia na segunda (15/4), mantendo a o ideal de pureza, simbolizando a paz e a amizade entre as nações.
A cerimônia ocorreu no Templo de Hera, em Olímpia, palco dos Jogos na Antiguidade, na Grécia. A grande novidade foi a mudança no figurino das atrizes que interpretaram as sacerdotisas. Naturalmente com branco, elas estavam com vestidos de tons cinzas, inspirados nas colunas gregas.
A beautiful artistic moment in the Ancient Stadium.
😍 Enjoy this traditional dance from the priestesses.#Paris2024 | @Paris2024 pic.twitter.com/1qLkg4cH5r
— The Olympic Games (@Olympics) April 16, 2024
A chama olímpica dos Jogos de Paris 2024 foi acesa na manhã desta terça-feira, dia 16, especial no sítio arqueológico de Olímpia, o berço dos antigos Jogos Olímpicos. Enquanto o sol nascia no Brasil, por volta das 5h30 (horário de Brasília), começava também o revezamento da tocha.
Foi a primeira cerimônia de acendimento da chama olímpica com público desde 2016, nos Jogos do Rio. Em Tóquio 2020, a pandemia obrigou a adiar a competição. Depois, em 2021, a cerimônia ocorreu sem público, bem diferente desta terça-feira, em que espectadores foram em massa ao local histórico.
No ensaio realizado na véspera, tudo deu certo com o acendimento a partir de um espelho que refletia os raios solares. Na cerimônia, porém, as nuvens dificultaram, e foi preciso apelar para o plano B, uma chama auxiliar que acendeu a tocha. Além da chama, a cerimônia teve uma apresentação com artistas que representavam sacerdotisas da Grécia Antiga.
O sítio arquelógico de Olímpia é composto por diferentes estruturas antigas, em homenagem a deuses da mitologia grega. A cerimônia foi diante das ruínas do templo de Hera, deusa das mulheres e da família. Parte do espetáculo envolveu pedidos a Zeus, considerado o deus supremo na mitologia grega, e Apolo, o deus do sol.
O revezamento começou, como é tradicional, com um atleta grego. O remador Stefanos Ntouskos, campeão olímpico em Tóquio, iniciou o circuito com a tocha e um ramo de oliveira, que simboliza a paz. Em seguida, ele passou a chama para a nadadora francesa Laure Manaudou, campeã olímpica nos 400 metros livres em Atenas 2004.
🔥 The #OlympicTorchRelay has begun!#Paris2024 | @Paris2024 pic.twitter.com/KfTyI5ZDhp
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From one Olympic champion to another! Stefanos Ntouskos 🇬🇷 hands the flame to Laure Manaudou 🇫🇷, an Olympic champion swimmer.
Traditionally, a Greek athlete is the first torchbearer, followed by a representative from the host nation.#Paris2024 | @Paris2024 pic.twitter.com/RnpQoGt8cC
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Revezamento da tocha olímpica
A chama olímpica agora percorre o circuito até levará a Paris, onde chegará em 26 de julho, data de abertura dos Jogos. Serão 600 participantes para percorrer 5 mil quilômetros em sete ilhas gregas, 10 áreas arqueológicas e a Acrópole de Atenas, onde passará uma noite junto ao Partenon, dedicado à Atena, deusa grega da sabedoria.
No porto grego do Pireu, a chama embarcará, em 26 de abril, com destino a Marselha, no sudeste da França, com previsão de chegada em 8 de maio. Em seguida, a tocha fará um trajeto no território francês, passando pelas Antilhas e Polinésia Francesa, na América Central e na Oceania, respectivamente, até a cerimônia de abertura em Paris como ponto de chegada.
O presidente francês Emmanuel Macron ainda prevê que a cerimônia aconteça no rio Sena, mas também citou planos alternativos em caso de ameaça terrorista. Os Jogos Olímpicos de Paris começam em 26 de julho e vão até 11 de agosto.