Um estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o Brasil vive o período mais longo de aumento de desigualdade social da sua história. São 17 trimestres seguidos de crescimento da concentração de renda. Intitulado “A Escalada da Desigualdade” o projeto é de autoria do economista da FGV Marcelo Neri.
Com essa ascenção da desigualdade, aumentou também o número de pobres no país. Dados de 2017 mostram que 23,3 milhões de pessoas vivem com menos de R$ 233 por mês. O desemprego, que beira os 12 milhões de pessoas, é a principal causa do aumento do desequilíbrio social.
A Região Norte está no grupo dos que mais perderam. Os moradores da região tiveram perda de -13,08% de renda no período de 2014 a 2019. A perda de renda média no país no mesmo período foi de -3,71%.
Outros grupos que também tiveram queda significativa na renda foram a Região Nordeste, -7,55%, pessoas de cor preta, -8,35%, analfabetos, -15,09% e o de jovens entre 20 e 24 anos, com perda de -17,76%, a maior de todas. O único grupo que tradicionalmente é excluído e não teve perda foi o das mulheres, com alta de 2,22%. Já os homens perderam -7,16%. O diferencial feminino é ter mais escolaridade, atributo que parece ter feito a diferença no período estudado.
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