Unicef diz que Acre tem segunda menor taxa de mortalidade infantil da região Norte

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), órgão das Nações Unidas (ONU), divulgou no início deste mês o estudo “Avanços e desafios para meninas e meninos no Brasil”, em comemoração aos 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC).

Um dos tópicos do estudo, intitulado “Um Olhar para o Futuro”, traz os dados sobre mortalidade infantil de todo o país. Apesar de reconhecer os avanços na situação das crianças e dos adolescentes no Brasil desde a CDC, ainda há muitos desafios e obstáculos para a plena implementação dos seus princípios. Os problemas são ainda maiores para grupos específicos da população em situação de maior vulnerabilidade, como indígenas, negros, de comunidades tradicionais, com deficiência e LGBT.

De acordo com a publicação, no ano de 2016, a taxa de mortalidade infantil subiu pela primeira vez em 26 anos no país. O aumento foi de cerca de 5%, se comparado ao ano anterior. Mas esse aumento pode ter sido causado em parte pela epidemia do zika vírus. Já em 2017, a taxa, voltou a cair e ficou em 13,4 mortes para cada 1.000 nascidos vivos.

Assim como a mortalidade infantil, a mortalidade de crianças menores de 5 anos também teve redução expressiva no país. Entre 1990 e 2017 passou de 53,7 óbitos por mil para 15,6, uma redução de 71% no período. Porém, em 2016 houve aumento de 3,1% comparado com o ano anterior, e em 2017 volta a cair, apresentando uma ligeira baixa e ficando com 15,6 mortes para cada mil crianças até 5 anos.

Neste cenário, o Acre ficou com uma taxa de 14,5 mortes para cada mil nascidos vivos em 2017, uma das menores taxas da região Norte, atrás apenas de Rondônia (14,2). As maiores taxas da região ficaram com Amapá (23), Roraima (19,8) e Amazonas (18,8), que também são donos das maiores taxas do país.

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