Falsificador de atestado médico preso em Campo Grande recebeu R$ 600 e já havia cumprido pena por homicídio

Elison Thimoteo Regis Delmondes, de 40 anos, preso em flagrante pela venda de falsos atestados médicos, na tarde de sábado (13), no bairro Vila Nasser, em Campo Grande, teve o flagrante homologado e segue em liberdade vigiada por tornozeleira eletrônica. Com ele, ainda foram encontradas diversas folhas do documento fraudulento e o carimbo de uma médica.

Em seu depoimento, Elison relatou que trabalhava em uma empresa de jardinagem com salário de aproximadamente R$ 1,1 mil, sendo demitido há dois meses. Em seguida, conheceu um homem chamado Marcos, que ofereceu uma folha de atestado médico da Prefeitura e um carimbo de médica. Elison comprou ambos os objetos por R$ 200. A intenção era tirar cópias da folha de atestado para vender a terceiros e teria um lucro de aproximadamente R$ 600.

O autor já foi preso e cumpriu pena por homicídio, tentativa de homicídio e porte de arma, em 2004.

Entenda o caso

Conforme as informações do boletim de ocorrência, investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI), da Polícia Civil, receberam uma denúncia de que o suspeito entregaria um atestado médico falso no bairro Jardim Centenário, em Campo Grande. Os policiais não foram informados exatamente onde ocorreria a transação, mas sabiam que o homem chegaria em uma motocicleta dourada.

Os investigadores decidiram permanecer nas proximidades, conseguiram ver o suspeito entregando papéis para uma mulher e o abordaram. Aos policiais, ele confessou o crime e disse que fazia as negociações por WhatsApp, cobrando R$ 10 por dia de atestado.

Ele confessou ainda ter um carimbo de uma médica que ganhou de conhecido.

A mulher que comprou os documentos falsos teve de entregar os papéis à polícia e será chamada para prestar esclarecimentos. O carimbo usado nos atestados pertencia à uma médica de Campo Grande, que registrou boletim de ocorrência sobre a perda do material em 2019.

Os materiais apreendidos e o homem preso foram encaminhados para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do centro, onde o caso foi registrado.

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