ONG ligada à Marina recebeu milhões do Fundo da Amazônia e gastou 80% com viagens, diz Revista

Os gastos constam em documentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs

A ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), ligada à acreana Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, recebeu R$ 35 milhões do Fundo Amazônia, em 2022, e gastou R$ 24 milhões desse montante com consultorias, viagens e folha de pagamento.

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Os gastos constam em documentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs. Segundo a Revista Oeste, André Guimarães, que é diretor-executivo do Ipam, disse que Marina ocupa o cargo de conselheira honorária da ONG.

Marina Silva durante Audiência Pública na Comissão de Meio Ambiente. Foto:Edilson Rodrigues/Agência Senado

Além disso, o diretor-executivo defendeu a atuação da ONG. “Já produzimos mais de 1,2 mil artigos científicos, publicados em quase todas as revistas importantes do mundo. É uma biblioteca de dados sobre a Amazônia, tudo de graça para o público do mundo todo. Uma produção de alto nível que já gerou políticas públicas, onde abordamos os riscos e caminhos para a região”, disse à Revista Oeste.

A CPI das ONGs levantou dúvidas sobre a atuação de Marina, visto que, supostamente, a acreana privilegia ONGs ao facilitar a distribuição de dinheiro do Fundo Amazônia para essas organizações. O relator da CPI, o senador Marcio Bittar (União Brasil-AC), afirmou que a relação entre as ONGS e integrantes do governo Lula, como Marina, é “promíscua”.

CPI das ONGs vem ao Acre para ouvir moradores da Resex Chico Mendes

Proposta pelo senador Marcio Bittar (União Brasil), membros da CPI das ONGs, do Senado Federal, chegam ao Acre nesta quarta-feira (18) e tem visita marcada em uma série de agendas pelo Alto Acre. A principal pauta é uma conversa com os moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes. O grupo viaja para conhecer a região na quinta-feira (19).

Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia foi proposto pelo governo brasileiro durante a COP-12, a Conferência Mundial do Clima, em 2006. O programa busca a contribuição voluntária, ou seja, doações para prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, assim como conservação e uso sustentável da Amazônia Legal.

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