“Ufac e Ifac correm risco de fechar ano que vem”, afirma presidente da Adufac

A chuva não impediu o encontro de diversos manifestantes no fim da tarde desta terça-feira (5). Reunindo professores, estudantes e servidores públicos da Capital acreana, o encontro resultou em uma combinação de ativismo com manifestações artísticas em frente ao Colégio Acreano.

O principal objetivo da ação foi protestar contra a reforma da previdência e contra as ações já em curso no país, como a nova reforma trabalhista que já está em vigência. Moisés Lobão, secretário geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac), afirmou que as pessoas precisam se conscientizar totalmente sobre os problemas dessas reformas e das ações do governo do presidente Michel Temer.

Entre os assuntos do protesto, estavam as reformas (trabalhista e da previdência) e a privatização de serviços no Brasil. Foto: ContilNet

“Estamos aqui, debaixo de chuva, contra a precarização dos serviços públicos. O povo precisa pressionar seus parlamentares a votar contra qualquer medida que atinja os direitos dos trabalhadores”, disse Lobão.

Uma das afirmações mais preocupantes veio do presidente da Adufac, Sávio Maia. De acordo com o representante, devido às reduções impostas pela Emenda Constitucional nº 95/2016 (que limita as despesas do governo (inclusive nas áreas da Educação e Saúde), a Ufac e o Instituto Federal do Acre (Ifac) correm risco de paralisação em 2018.

“A universidade e o Instituto são duas conquistas da população acreana, e estão correndo o risco de fechar. Em 2018, vai entrar em curso o primeiro orçamento com base nessa emenda. Alguns parlamentares que votaram na PEC 55 – agora Emenda Constitucional 95, estão destinando emendas que são verdadeiras ‘migalhas’. Tiraram milhões da universidade, e agora tentam nos dar um ‘prêmio de consolo’”, afirmou Sávio.

Presidente da Adufac, Sávio Maia, e secretário geral da Adufac, Moisés Lobão. Foto: ContilNet

Para a servidora pública da Educação Gabriela Souza e a estudante de Ciências Sociais Sara Cruz, o momento é importante para debater vários assuntos: privatizações, qualidade do serviço público, e até sobre a PEC 181, que pretendia criminalizar os casos em que o aborto já era permitido no Brasil.

“Já pagamos por serviços públicos de péssima qualidade, e agora ainda querem terceirizar tudo e retirar a estabilidade dos servidores públicos, dando a entender que são descartáveis. Enquanto uma minoria continua aumentando os próprios salários, nós ficamos à mercê dos interesses de pessoas gananciosas”, disse Gabriela.

“Estes desmontes prejudicam a todos, principalmente as mulheres. Além de todos esses absurdos, chegamos ao absurdo de ter uma PEC como a 181 ameaçando as já limitadas opções da mulher em relação ao aborto”, destacou Sara.

Docente da Universidade Federal do Acre. Foto: ContilNet

Madge Porto, docente da Ufac, também compareceu ao evento para apresentar a indignação diante destas mudanças: “O impacto será significativo. As pessoas estão sendo manipuladas pela grande mídia, e com a responsabilidade de sermos professores e ativistas sociais, é importante levar a veracidade à população”.

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