Igrejas resgatam mais de 400 presidiários com envolvimento em facções

A vida no cárcere não é nada fácil. É um momento para o cumprimento da pena de acordo com o rigor da lei. Mas também é um momento de reflexão sobre os atos cometidos e de busca por mudança de vida. Assim, o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em parceria com diversas igrejas, disponibiliza o devido auxílio religioso aos apenados do sistema penitenciário acreano.

O trabalho vem dando bons frutos e o principal destes é o resgate de reeducandos, que outrora estiveram envolvidos com organizações criminosas e abandonaram as antigas práticas para entregar suas vidas nas mãos de Deus. Somente entre a quarta-feira, 6, e a quinta-feira, 7, mais de 400 presidiários declararam, por meio de vídeo, que não fazem mais parte de nenhuma organização criminosa e que decidiram por uma caminhada baseada nos princípios do evangelho.

s se dá por conta das regras estabelecidas pelas próprias organizações criminosas, tendo em vista que esta é a única forma de os detentos já haviam decidido seguir uma religião, mas a necessidade de gravar os vídeoair vivo de tais grupos.

Reeducandos recebem acompanhamento religioso semanalmente Foto: Elenilson Oliveira

Para o presidente do Iapen, Lucas Gomes, o acompanhamento religioso é uma forte ferramenta de resgate de vidas. “Nós temos, dentro do sistema penitenciário, diversos perfis de indivíduos que necessitam ser trabalhados e incentivados à mudança. A ressocialização apresenta diversas ferramentas e, no Iapen, nós temos conseguido grandes avanços com o apoio das igrejas”, afirmou.

Resgate

A ação aconteceu sob orientação da Equipe 91, que envolve membros de diversas igrejas e tem o foco no acompanhamento religioso da população carcerária. Um dos componentes da equipe, Célio Lima, destacou que o trabalho é realizado em prol das vidas. “Nós vamos em busca realmente daquele jovem, daquele homem, daquela mulher, que está com a vida prestes a terminar. Nós pregamos a palavra do Senhor Jesus e falamos do Deus vivo”, disse.

Ele destacou que a cooperação entre as igrejas e o sistema penitenciário liberta pessoas do mundo do crime. “Através de Deus, essas pessoas podem ter uma libertação, uma nova vida e Ele pode libertar essa pessoa do mundo onde está vivendo, do mundo do crime e nós fazemos isso com muito amor”, afirmou.

Célio Lima explicou que a gravação dos vídeos é realizada de acordo com a vontade de cada detento e que as igrejas apenas dão o suporte necessário nesse momento. “Nós fomos convidados. Até foi uma surpresa para nós participar desse momento tão especial. Sabemos que muitos que estão no sistema penitenciário já aceitaram Jesus aqui dentro e que essa é uma forma que eles têm de sair das facções, então nós viemos com maior prazer”, ressaltou.

Ele ainda destacou a importância do apoio dado pelo sistema penitenciário para a gravação dos vídeos. “Chegamos aqui e fizemos vídeos de vários detentos que realmente se desligaram das facções e tomaram uma decisão de seguir uma nova caminhada com Cristo. Esse trabalho que nós fazemos é com muito amor. Um trabalho tremendo e maravilhoso”, concluiu.

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Igrejas resgatam mais de 400 presidiários com envolvimento em facções