“Se fosse pra votar R$ 10 mil o nosso salário eu votaria”, diz vereador em Brasiléia

O presidente da Câmara de Vereadores de Brasiléia, Rogério Pontes, do PROS, disse, em entrevista a um jornalista, que se tivesse de votar um salário de R$ 10 mil para ele e os colegas, o faria. “Só sabe quem está lá”, afirmou. Assista:

Nesta terça-feira (8), oito dos 11 parlamentares aprovaram aumento de até 36% do salário, além da criação de um décimo terceiro. Atualmente, um vereador do município recebe R$ 4.500. Com o reajuste, o vencimento passa a valer R$ 6 mil.

Porém, membros da mesa-diretora ganham ainda mais. O próprio presidente Pontes, que já recebe R$ 6 mil, passará a contar com R$ 7.500 de benesses dos cofres públicos. Já o vice-presidente terá R$ 1.800 acrescidos ao seu salário e ganhará R$ 6.800. Por fim, o 1º secretário, que ganhava R$ 5.900, agora receberá R$ 7 mil.

“Não é imoral”, respondeu o presidente da Casa, ao ser questionado pelo repórter. “O orçamento é do poder Legislativo e ninguém está gastando um real a mais. E quem está falando mais nas redes sociais eu tenho certeza que são os adversários. E adversários se candidatam e ganham a eleição também, aí eles podem falar”.

Pontes diz não ter se arrependido do voto. “Estou preparadíssimo para encarar qualquer desafio nas esquinas. Se alguém me abordar, estou pronto para falar o que me der vontade. Votei e voto tantas vezes”.

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Votaram a favor do aumento Rogério Pontes (PROS), Rozevete Honorato (PSB), Eduardo Menezes (PT), Mário Jorge Fiescal (PROS), Reinaldo Gadelha (MDB), Marquinhos Tibúrcio (MDB), Zé Gabriele (PSB) e Antônio Francisco (PT).

Apenas Charbel Reis Saady (PSL), Joelson Pontes (PP) e Rosildo Rodrigues (PT) de manifestaram contrários.

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