O militante do PSol no Acre Jocivan Santos se defendeu das acusações feitas pelo ex-presidente do partido no estado, Jamyr Rosas, que, em entrevista ao ContilNet, chamou o colega de “bandido”.
Os dois protagonizam uma batalha pelos rumos da legenda, que está em vias e escolher nova diretoria. Jocivan faz parte de um grupo que quer a saída de Rosas da comissão que vai coordenar o processo eleitoral interno.
A justificativa é que o ex-presidente não teria condições morais de compor o grupo, uma vez que foi denunciado pelo Ministério Público por falsificação de documentos e de assinaturas e uso de documentação falsa em prestação de contas do diretório.
Em reportagem veiculada no domingo (16), Rosas rebateu as críticas dizendo que quem não teria as condições de questionar sua presença na comissão é seu acusador, citando como motivo a prisão deste em 2014 por suspeita de estelionato.
Jocivan rebate: “Fui preso sim, após uma manifestação por moradia, uma questão política, e depois fui inocentado. Agora ele pode até me acusar de alguma coisa do passado, mas isso é diferente das questões dele, que são atuais, de investigações da Polícia Federal que estão correndo, inclusive com pedido de prisão. Eu não tenho processos e nem condenações na Justiça”.
O militante criticou o uso do termo “bandido” por parte do colega de sigla. “Não é um adjetivo adequado para o diretório usar contra filiados do próprio PSol. É ele quem está sendo investigado no momento, não eu”.
O PSol atualmente é dirigido pela irmã de Rosas. Jocivan diz que a vitória de Jane Rosas foi fruto de fraudes, as mesmas que estariam sendo apuradas pela PF.
“Há muitas críticas de que o PSol acabou se tornando, aqui no Acre, um partido de família. E isso não é o legado que queremos deixar pra sociedade. Não somos uma legenda de donos. Somos de todo mundo. Ele faz um levante, uma perseguição e difama pessoas que têm tendências e posicionamentos diferentes dentro do partido. Inclusive alguns filiados têm levado o diretório à Justiça por essas questões”.
O grupo representado por Jocivan prometeu acionar o Ministério Público para intervir na participação do ex-presidente no processo eleitoral do PSol.