11 de junho de 2024

Artista indonésio suspeito de comprar mão e placenta de professor universitário é identificado

A Polícia Federal disse que o artista indonésio Arnold Putra era o destinatário final de uma encomenda que saiu do Amazonas com uma mão humana e três placentas.

De acordo com o delegado Igor de Souza Barros, que está à frente do caso, a Polícia Federal identificou que o homem é acostumado a receber encomendas desse tipo:

“Verificamos que esse destinatário já tinha indícios de recebimento de materiais humanos não só do Brasil, mas de outros lugares para fazer artesanato, adornos e peças”, explicou.

Segundo a PF, a investigação começou em outubro de 2021 e nesta terça foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um na UEA e outro na casa do professor suspeito do crime.

A operação também cumpriu um mandado de afastamento de função pública. Os documentos foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM. Em nota, a UEA informou que um professor concursado da disciplina de anatomia foi afastado por 30 dias por suspeita de traficar órgãos humanos, após ordem da Justiça Federal.

De acordo com a instituição, foi realizada busca e apreensão pela Polícia Federal de um computador e de peças anatômicas tratadas por meio de plastinação, utilizadas como prática de ensino da disciplina, no laboratório de anatomia.

O professor envolvido no caso vai ser investigado pela polícia por tráfico internacional de órgãos. Se condenado, o investigado poderá responder, na medida de sua responsabilidade, com pena de até 8 anos de reclusão.

Operação Plastinação

O nome da operação da Polícia Federal é uma alusão ao procedimento utilizado pelo investigado para conservar os órgãos traficados. Segundo a investigação, o professor que enviou a mão e as placentas para o artista é especialista na técnica.

A plastinação é o procedimento técnico e moderno da preservação de matéria biológica, que consiste basicamente em extrair os líquidos corporais (água e soluções fixadoras) e os lipídios, através de métodos químicos, substituindo-os por resinas plásticas como silicone, poliéster e epóxi, resultando em tecidos secos, inodoros e duráveis.
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