Justiça concede liberdade provisória a mãe suspeita de asfixiar filha

A justiça estadual informou, nesta quinta-feira (5), que concedeu liberdade provisória a mãe suspeita de asfixiar a filha de 6 anos em Manaus. A criança morreu no Hospital Joãozinho, na Zona Leste.

O crime aconteceu na segunda-feira (2), na Zona Norte da capital. Em depoimento à Polícia Civil, a mulher, que tem 23 anos de idade, confessou que asfixiou a criança e atribuiu o crime a depressão. Além da morte, a Polícia Civil investiga se a menina sofreu abuso sexual.

Nesta quinta, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) disse ao g1 que concedeu liberdade provisória à mãe. A decisão, assinada na quarta-feira (4), seguiu parecer do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A medida é passível de recurso.

A justiça determinou que a mulher cumpra as seguintes medidas cautelares. Conforme a decisão, ela está proibida de se ausentar de Manaus e de mudar de endereço sem comunicar a justiça.

A mulher também é obrigada a se apresentar mensalmente à vara onde o processo tramitará.

De acordo com o Tribunal de Justiça, como a vítima era menor de idade, o processo vai tramitar em segredo de justiça. “A investigada responderá a processo em uma Vara Criminal”, afirmou o TJAM.

Depressão

Conforme a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), em depoimento, a mãe relatou que estava em um quadro depressivo. A mulher também contou como cometeu o crime.

“Segundo ela, estava sozinha com a criança em casa, vinha passando por problemas depressivos, planejava tirar a própria vida e não gostaria de deixa a filha sozinha. Então, ela conta que sentou com a criança na cadeira, pediu perdão da criança e a asfixiou com o próprio braço”, disse a delegada.

Quando a mulher percebeu que a criança estava perdendo a consciência, pediu ajuda a um familiar. A menina foi levada para o SPA do Galileia, na Zona Norte de Manaus, e depois, transferida para o Hospital da Criança da Zona Leste (Joãozinho), na Zona Leste, onde morreu.

À Polícia Civil, mãe contou que, no dia anterior ao crime, pediu que o pai da menina ficasse com a criança, afirmando que não estava se sentindo bem. No entanto, o homem relatou que estava em outra cidade.

Suspeitas de abuso

Quando a menina chegou ao Hospital Joãzinho, os médicos suspeitaram que a criança sofreu abuso e acionaram a polícia. Na quarta-feira (4), a delegada Joyce Coelho afirmou que laudos do Instituto Médico Legal (IML ) confirmam a violência sexual, porém indicam que o crime não é recente.

O estupro será investigado. De acordo com a delegada, o pai e o padrasto da criança cederam material genético para comparação do que foi encontrado no corpo da menina.

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