Número de feminicídios no Acre cai em quatro anos, mas Estado ainda é o 4º lugar em mortes

Números divulgados nesta tarde de quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), revelam que o Acre deixou de liderar a vergonhosa estatística em que aparecia, há cerca de quatro anos seguidos, como campeão nacional de feminicídio, o assassinato de mulheres em crimes de ódio e por questões de gênero. Esta agora em quarto lugar no ranking, na o ordem a seguir, atrás de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Mato Grosso.

É o que revela estudo do Observatório de Análises Criminais do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) e Observatório de Gênero (Obsgênero) do MPAC, cujo objetivo sintetizar a situacional em gráficos os dos crimes, mostrando a real situação. Os números mostram que, em quatro anos, o número de feminicídio no Acre diminuiu 23%, oque empurrou o Acre para a listado quarto lugar onde mais se mata mulher no Brasil.

Entre 2018 e 2022, de acordo como estudo do MPAC, foram registrados 60 casos de feminicídio Acre, oscilando entre 11 e 14 vítimas a cada ano –em 2022, quando não houve mortes de mulheres na Capital Rio Branco, o número caiu para o número caiu para 10 casos no interior.

No período analisado, Cruzeiro do Sul e Tarauacá são municípios que ficam logo atrás de Rio Branco em crimes de feminicídios, com 10% dos casos. Capixaba, Bujari, Porto Walter, Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Xapuri não registraram nenhum feminicídio. Dos 10 casos ocorridos em 2022, três foram registrados na cidade de Feijó e Assis Brasil e Brasileia foram dois municípios apresentaram pela primeira vez casos de feminicídio.

Os dados do MPAC infográficos apontam que 80% dos autores dos crimes eram companheiros ou ex-companheiros das vítimas, e 46% tinham antecedentes criminais. Dentre eles, 55% estavam na faixa dos 13 a 34 anos, 35,4% foram condenados e 23,1% foram presos preventivamente. Os dados também indicam que a arma branca (65%) foi o instrumento mais utilizado nos crimes, seguido por arma de fogo (23%).

Os dados mostram também que o perfil das vítimas apontam que a maioria era de cor parda ou preta (85%), na faixa etária de 14 à 34 anos (65%) e 12% das mulheres vítimas nos casos dentro do contexto da violência doméstica e familiar tinham ou tiveram medidas protetivas. Além disso, a maior parte dos crimes ocorreu em residências (72%) e 70% das vítimas eram mães, deixando 99 órfãos.

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