Chacina que matou seis pessoas tem ligação com guerra de facções, diz delegado

Agora, segundo o coordenador da DHPP, a polícia deve rastrear os veículos usados na ação.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública continua investigando a chacina que foi responsável pela morte de seis na noite desta última sexta-feira (3), em Rio Branco. O caso ocorreu em uma casa na Rua Morada do Sol, bairro Taquari.

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Os corpos das vítimas foram enviadas para o IML/Foto: ContilNet

A Sejusp informou nesta segunda-feira (6) ao G1 Acre que a chacina que terminou em seis mortes na noite de sexta-feira (3) foi motivada pela guerra de facções, que disputam território na capital. O coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Alcino Junior, também confirmou que uma das vítimas era parente de um dos presos mortos na rebelião que aconteceu no presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em julho deste ano.

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“Uma pessoa do Taquari era filha de uma liderança. Essa pessoa estava com outros membros, o que acabou gerando um ataque pela facção rival e, dentro desse contexto, eles também, armados, que já estavam dentro da casa, acabaram efetuando um contra-ataque. Então, em um ambiente com seis mortos, quatro a gente entende que seria dessa facção que foi cometer a execução e dois da facção local, que atua no bairro”, explica o delegado.

Agora, segundo o coordenador da DHPP, a polícia deve rastrear os veículos usados na ação.

“Agora é tentar recuperar essas armas que foram recolhidas logo após o crime ali por outros bandidos. E tentar evitar novos enfrentamentos, que causam essa sensação de insegurança. Dos que a gente tem já o óbito confirmado e identificação confirmada, todos com passagem do sistema prisional, integrante de organização criminosa, que realmente é o que acontece dentro desse contexto de enfrentamento entre essas organizações”, disse.

“A linha de investigação é muito clara, é o enfrentamento entre facções criminosas. Há uma grande disputa entre essas duas facções, uma do bairro Taquari e outra de outra região da cidade, para a tomada de bocas de fumo e áreas de influência. A linha é essa, é sempre dentro dessa área de execução mesmo, e agora é identificar os autores”, continua.

Cerca de três autores ainda precisam ser identificados. Seriam os que ajudaram com a logística e fuga no crime, segundo o delegado.

O diretor operacional da Sejusp, delegado Marcos Frank, disse que está claro que o crime se trata de disputa de territórios entre as facções.

“Realmente se trata entre essa briga por território causada pela guerra entre as facções. Destaco que ‘Acre pela Vida’, que tem um papel primordial na segurança pública, com a realização de programas que tem que atender o público mais jovem. Estamos realizando operações integradas, orientadas pela coleta desses dados, e tentamos reduzir os índices de mortes e a atuação das organizações criminosas. Infelizmente, as facções vêm atuando aqui no Acre, e agora tivemos essas mortes em um confronto”, concluiu.

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