Completando 141 anos, Rio Branco não tem um prefeito rio-branquense há anos

Último prefeito legitimamente nascido na capital foi Raimundo Angelim, eleito em 2004

Nesta quinta-feira, há 141 anos, no dia 28 de dezembro de 1882, era fundado o Seringal da Volta da Empresa, território que posteriormente, em 1904, passaria a ser a Vila de Rio Branco, em homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior, diplomata brasileiro que assinou o Tratado de Petrópolis que pôs fim na disputa pelo território acreano entre brasileiros e bolivianos. Esse território virou Rio Branco, capital do estado do Acre. Com mais de 300 mil habitantes, segundo o último Censo, a cidade se prepara para mais uma eleição municipal. Sendo o maior colégio eleitoral do Acre, Rio Branco não tem um cidadão rio-branquense como prefeito há pelo menos 10 anos. O atual prefeito, Tião Bocalom, é natural de Bela Vista do Paraíso, interior do Paraná.

Centro de Rio Branco, próximo aonde a capital foi fundada em 1882. Foto: arquivo Secom

O último prefeito de Rio Branco nascido na capital foi Raimundo Angelim, que assumiu em 2005. Em seguida, três prefeitos que assumiram o cargo não são nascidos na capital do Acre: Marcus Alexandre (PT), de Ribeirão Preto (SP), eleito prefeito em 2013. Após, foi a vez de Socorro Neri, também de Tarauacá, assumir a Prefeitura. E, finalmente, Tião Bocalom, eleito em 2020.

Foto: Juan Diaz/Contilnet

Histórico

A verdade é que Rio Branco tem um histórico de ex-prefeitos nascidos em outras cidades. E isso não quer dizer muita coisa. Os mais conhecidos e com uma história importante para a cidade, como por exemplo, Epaminondas Jácome, que assumiu a Prefeitura em 1915, é natural de Campo Grande, município do interior do Rio Grande do Norte. Jorge Lavocat, outro prefeito conhecido, governou Rio Branco entre 1948 a 1952, era nascido em Belém do Pará. Já Geraldo Mesquita, que também foi governador, deputado federal e senador do Acre, era natural de Feijó. Outro prefeito importante, Wildy Viana, era natural de Brasiléia. Ele foi prefeito em 1966. Outro paraense que governou Rio Branco foi Jorge Kalume, em 1989. Antes, ele já havia sido prefeito de Xapuri, deputado federal, governador e senador. De Xapuri, vem outro prefeito conhecido da capital. Mauri Sérgio, que governou a capital entre 1997 e 2001.

Conhecidos

Dois grandes prefeitos dessa geração são naturais de Rio Branco: Flaviano Melo e Jorge Viana. Ambos com mandatos importantes à frente da PMRB, Flaviano foi prefeito durante 1981 a 1985, e depois de 2001 a 2002. Já o petista Jorge Viana, foi eleito pela primeira vez em 1993. Eles foram os últimos gestores da Prefeitura de Rio Branco nascidos na capital do Acre.

E em 2024?

Dos pré-candidatos anunciados, apenas dois são legitimamente rio-branquenses: Alysson Bestene (PP), que inclusive nasceu na Maternidade Bárbara Heliodora, e Emerson Jarude (NOVO). Os outros quatro, são naturais de outros estados brasileiros. É o caso do atual prefeito Tião Bocalom, nascido no Paraná. Marcus Alexandre, líder nas últimas pesquisas, nasceu em São Paulo e Minoru Kinpara nasceu em Goiás. Jenilson Leite é natural de Tarauacá.

Bocalom, Marcus Alexandre, Alysson Bestene, Emerson Jarude e Jenilson Leite foram as figuras avaliadas/Foto: Reprodução

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