11 de junho de 2024

Queda de avião: piloto diz que foi contratado pelo copiloto e acredita em ‘sabotagem’ da aeronave

O primeiro contato entre piloto e copiloto surgiu em um grupo de WhatsApp, no começo deste mês

Em entrevista ao site AC24horas, Pedro Rodrigues Parente Neto, piloto da aeronave monomotor Cessna PT-DFX, que caiu no Rio Tarauacá, interior do Acre, na última segunda-feira (20), declarou que acredita na possibilidade do avião ter sido sabotado.

Pedro Rodrigues era o piloto do avião que caiu em Tarauacá/Foto: Reprodução

O piloto disse que uma companhia aérea que atua no Acre, estaria querendo ‘a morte dele’. Pedro relatou ainda que não acredita que a aeronave estava irregular. A fala dele contesta a versão apresentada pelo dono do avião, a empresa Smart World e do copiloto, Wesley Evangelista, que segundo Pedro, teria lhe contatado.

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O primeiro contato entre piloto e copiloto surgiu em um grupo de WhatsApp, no começo deste mês. Wesley estaria procurando pilotos experientes em voos na Amazônia.

A aeronave não tinha autorização para atuar como táxi aéreo/Foto: Reprodução

“Eu já voei aqui no passado fazendo táxi aéreo. Ele me contratou para fazer um planejamento de voo e, como ficou bem feito, me convidou para fazer o translado dessa aeronave. Como o registro da aeronave estava em conformidade com a ANAC, aceitei o serviço”, disse o piloto ao AC24horas.

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Segundo o combinado, a aeronave deveria ir do Espírito Santo ao Amazonas passando pelo estado do Pará. No entanto, devido a questões logísticas e ao conhecimento do território acreano, Pedro sugeriu ao contratante alterar a rota para incluir uma passagem pelo Acre, pois os pontos de abastecimento eram familiares.

Supostas ameaças

O piloto já trabalhou no Acre para uma empresa de táxi aéreo. No entanto, ele relatou ter descoberto a venda de passagens em aviões não homologados para esse serviço. Isso resultou em um mal-estar, seu afastamento da empresa, um processo trabalhista e uma denúncia formal do piloto contra a empresa na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

“Quando saí de lá fiz essas denúncias. Quando estava em Feijó agora filmei eles colocando passageiros em um avião que não poderia vender passagens. Eu tenho suspeita que mexeram nesse avião em Feijó justamente porque tenho essas denúncias e também tenho processo trabalhista com eles com audiência agora em julho. É muito interessante eu não estar vivo em julho”, disse.

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